Alunos da Covilhã saem às ruas
19.11.2008 - 11h23 LusaCerca de 300 alunos de escolas da Covilhã estão esta manhã em protesto pelas ruas da cidade contra as políticas de educação, segundo números da organização.
A manifestação pacífica, seguida pela Polícia de Segurança Pública (PSP), começou pelas 08:00 com uma concentração junto à Escola Secundária Quinta das Palmeiras, passando depois junto às secundárias Frei Heitor Pinto e Campos Melo até ao centro da cidade.
"Nós não fechámos escolas neste protesto", sublinhou João Mineiro, aluno e membro da organização. "Temos todos um valor que se chama liberdade. Temos direito à nossa liberdade, por isso, não fechámos nada. Quem quer vai às aulas, quem quer vem à manifestação", sublinhou.
O protesto saiu para a rua apesar de a ministra da Educação ter assinado no domingo um despacho que desobriga os alunos com faltas justificadas à realização de um exame suplementar, "mas os problemas das escolas não se resumem ao regime de faltas".
"A ministra fez esse despacho no domingo, para evitar as manifestações de segunda-feira. Era bom que o problema da escola pública fosse só o regime de faltas", acrescentou.
Entre as outras razões de queixa estão a falta de aulas de educação sexual nas escolas, "num país com elevada taxa de gravidez na adolescência", "sobrelotação de turmas, falta de condições materiais e humanas, com degradação das escolas e o facto de os alunos não serem ouvidos", lamentou.
"Os alunos não são ouvidos sobre aulas de substituição, sobre exames nacionais ou o sobre o próprio estatuto do aluno", concluiu.
"As turmas estão sobrelotadas. A meio do segundo período os professores estão cansados e é isso que nos transmitem. Como é que querem que sejamos os homems e mulheres de amanhã com o ensino assim", questiona Daniel Saraiva, outra aluna.
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