, em Dias do fim
o todo e a soma das partes
o número é o que menos interessa.
é público que sou dirigente sindical. assumo-o orgulhosa e abenegadamente.
é público também que defendi sempre uma manifestação única e unitária em 8 de novembro.
é público, por fim, que sempre reconheci o direito aos professores de se associarem e manifestarem como bem entenderem, ou não estivéssemos nós num estado de direito democrático.
persistem algumas leituras dicotómicas e posicionamentos antagónicos em relação às DUAS manifestações. fiz a maiúscula, eu que até nem as aprecio em particular, porque os factos falam por si. houve duas e não uma e pronto. não me parece benéfico ficarmos a medir os comprimentos e a comparar o que não é comparável. não me parece que andar a dividir as partes em contas mal amanhadas traga benefício a alguém.
se é uma verdade inquestionável que os sindicatos estão bem vivos e activos e na linha da frente da luta em defesa da escola pública e dos professores, é igualmente verdade que, num sábado, 15 de novembro, um número significativo de professores se organizou numa manifestação.
é altura, penso, de colocarmos as diferenças de lado e dizer à nação que não somos a soma das partes mas um TODO capaz de pensamento crítico, capaz de defender os caminhos da educação mesmo em contestação, sobretudo em contestação. é altura de dizermos que não houve uma manifestação em 8 de novembro e outra a 15. há professores preocupados, desanimados, desmotivados, tratados com indignidade, há alunos que sofrem com isso e há uma nação que perde com todas estas circunstâncias. e os seus professores tudo farão para mudar o rumo dos acontecimentos nem que seja desobedecer. tudo farão nos formatos que entenderem mais adequados. e pronto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário