segunda-feira, novembro 24, 2008

Reunião FENPROF/MINISTRA

[ver em baixo a posição da fenprof. De qualquer maneira, o processo estava fechado à partida, pois só haveria uma evolução das negociações, caso a ministra aceitasse suspender a avaliação de desempenho.
Penso que a ministra e o governo estão com a ilusão de que os sindicatos andam a fazer bluf, que têm menos apoio do que aparentam. Simplesmente, neste caso, a imensa maioria dos professores não está «apenas» com os sindicatos, está mesmo desejosa que se resolvam as questões de uma vez por todas. Quem está na profissão sabe que isso implica uma revisão em profundidade do ECD. Só assim, aliás se poderá caminhar para uma avaliação de desempenho minimamente credível (=séria).
Manuel Baptista]

Ministra não reconheceu as consequências negativas da aplicação do modelo de avaliação

A reunião entre a FENPROF e a Ministra da Educação (19/11/2008), foi naturalmente curta, perante a incapacidade ministerial de reconhecer as consequências negativas da aplicação do modelo de avaliação.

Na reunião, a FENPROF informou a Ministra da Educação de que:

- se encontra disponível para iniciar, de imediato, a negociação de um novo de modelo de avaliação que substitua o actual;

- se encontra disponível para encontrar uma solução transitória para o ano em curso, que não passaria por um acto meramente administrativo, como não passaria pela simplificação do actual modelo, dado o desacordo de fundo em relação ao mesmo;

- a disponibilidade da FENPROF, construída, por consenso, no âmbito da Plataforma Sindical dos Professores e decorrente da decisão de 120.000 docentes que se manifestaram em Lisboa, em 8 de Novembro, é que, em primeiro lugar, a aplicação do actual modelo terá de ser suspensa.

Em resposta, a Ministra da Educação informou que não tomaria aquela decisão, considerando, mesmo, que o problema maior não era a inaplicabilidade do modelo, mas a resistência dos professores que se tem tornado crescente.

A FENPROF discordou, apontando, como exemplo, as posições que as escolas têm tomado (hoje, já mais de 170 suspenderam formalmente a avaliação, sendo muitas centenas as que, na prática, mantêm a avaliação parada), e acusou o ME de, mantendo a sua posição, ser responsável pela criação de crescentes constrangimentos ao normal funcionamento das escolas, pelo agravamento das condições em que os professores exercem a sua profissão e por contribuir para que piorem as condições de aprendizagem dos alunos.

Perante a recusa do ME em discutir a possibilidade de suspensão do processo de avaliação, as duas partes concluíram que se tinha esgotado o tema da reunião, tendo a mesma chegado ao fim.

O Secretariado Nacional da FENPROF
19/11/2008

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