terça-feira, novembro 25, 2008

Mário Nogueira em entrevista

Fonte:

http://www.fenprof.pt/?aba=27&cat=266&doc=3799&mid=115

Em entrevista à página electrónica da FENPROF, Mário Nogueira
reafirma: "Entre suspensão e aplicação do actual modelo de avaliação,
não há entendimentos nem soluções intermédias!"

Na próxima sexta-feira, dia 28 de Novembro, os Sindicatos de
Professores voltam ao Ministério da Educação, convocados pelo ME,
alegadamente para negociarem as medidas que este pretende adoptar,
este ano, para simplificação do modelo em vigor. Tendo em conta a
realização dessa reunião e algumas dúvidas surgidas em torno da mesma,
colocámos ao Secretário-Geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma
Sindical dos Professores, Mário Nogueira, apenas quatro questões que
tiveram respostas muito rápidas e objectivas.

www.fenprof.pt - Qual será a posição que a FENPROF defenderá na
reunião da próxima sexta-feira, no ME?
MN: Da parte da FENPROF, a posição é clara e converge com a de toda a
Plataforma Sindical dos Professores: entre a suspensão do actual
modelo e a sua aplicação, não existem soluções intermédias, logo, a
suspensão é pressuposto de verificação obrigatória para qualquer outra
discussão. Ou seja, e para que fique mais clara a posição, não há
entendimento possível que não seja em torno da suspensão imediata do
actual modelo. Essa é a posição da FENPROF, que colhe consenso na
Plataforma Sindical dos Professores, é a posição dos professores e
educadores e é a posição de um número crescente de escolas!
Os professores podem confiar na FENPROF e na defesa determinada e sem
concessões desta posição!
www.fenprof.pt - Poderiam as medidas já anunciadas pelo ME
corresponder a essa posição?
MN: Nem pensar! As medidas anunciadas pelo ME não vão nesse sentido e
pretendem apenas permitir que o modelo se aplique. Um modelo que a
FENPROF rejeita e que tem pressupostos inaceitáveis: o de que a
carreira docente se organiza em categorias hierarquizadas; o de que o
reconhecimento do mérito dos professores se deve sujeitar a quotas!
Depois, é todo o desenvolvimento do modelo a agravar ainda mais estes
pontos de partida.

www.fenprof.pt - Compreendendo que qualquer negociação só terá lugar
depois de ter sido declarada a suspensão do modelo de avaliação, o que
poderemos se esperar se isso acontecer?
MN: Suspenso o actual modelo de avaliação, a FENPROF, estará em
condições de iniciar negociações com vista à aprovação de um novo
modelo, no quadro de uma revisão do ECD que permita eliminar os seus
aspectos mais negativos. É nesse sentido que tem em discussão pública
uma proposta de modelo de avaliação. Em relação ao ano em curso, a
FENPROF concorda que a saída não seja administrativa, mas não admite
qualquer solução que consista na simplificação do modelo em vigor,
pois esse é para suspender na totalidade. Essa discussão com o ME, no
entanto, só fará sentido ou terá lugar depois de garantida a suspensão
do modelo em vigor. Estamos preparados para propor uma solução que
assente no modelo anterior (processo de auto-avaliação e apreciação
pelo conselho pedagógico) e nada mais. Recordo que estamos
praticamente no final do primeiro período lectivo. Se a equipa
ministerial considera não ter condições políticas ou se não tiver a
coragem política para suspender o modelo, deverá, então, dar o lugar a
quem a tenha, pois dessa exigência os professores não abdicarão.

www.fenprof.pt - Quer dizer, então, que, caso o ME não suspenda a
avaliação, os professores continuarão a sua luta?
MN: Claro e com mais força, determinação e convicção. As manifestações
distritais desta semana serão importantíssimas, pois a sua dimensão, e
eu penso que será fortíssima a participação dos professores, terá
necessárias consequências na reunião da próxima sexta-feira. Apelo,
por isso, a todos os professores: que nenhum deixe de estar presente!

23/11/2008, 20h00


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Lídia Mendes
http://geopensar.blogspot.com/

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