19/11/2008
NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
MINISTRA DA EDUCAÇÃO NÃO RECONHECEU AS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DA APLICAÇÃO DO MODELO DE AVALIAÇÃO E, POR ESSE MOTIVO, RECUSOU SUSPENDÊ-LO, ATRIBUINDO À RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES A SUA INAPLICABILIDADE!
A reunião de hoje, entre a FENPROF e a Ministra da Educação, foi naturalmente curta, perante a incapacidade ministerial de reconhecer as consequências negativas da aplicação do modelo de avaliação.
Na reunião, a FENPROF informou a Ministra da Educação de que:
- se encontra disponível para iniciar, de imediato, a negociação de um novo de modelo de avaliação que substitua o actual;
- se encontra disponível para encontrar uma solução transitória para o ano em curso, que não passaria por um acto meramente administrativo, como não passaria pela simplificação do actual modelo, dado o desacordo de fundo em relação ao mesmo;
- a disponibilidade da FENPROF, construída, por consenso, no âmbito da Plataforma Sindical dos Professores e decorrente da decisão de 120.000 docentes que se manifestaram em Lisboa, em 8 de Novembro, é que, em primeiro lugar, a aplicação do actual modelo terá de ser suspensa.
Em resposta, a Ministra da Educação informou que não tomaria aquela decisão, considerando, mesmo, que o problema maior não era a inaplicabilidade do modelo, mas a resistência dos professores que se tem tornado crescente.
A FENPROF discordou, apontando, como exemplo, as posições que as escolas têm tomado (hoje, já mais de 170 suspenderam formalmente a avaliação, sendo muitas centenas as que, na prática, mantêm a avaliação parada), e acusou o ME de, mantendo a sua posição, ser responsável pela criação de crescentes constrangimentos ao normal funcionamento das escolas, pelo agravamento das condições em que os professores exercem a sua profissão e por contribuir para que piorem as condições de aprendizagem dos alunos.
Perante a recusa do ME em discutir a possibilidade de suspensão do processo de avaliação, as duas partes concluíram que se tinha esgotado o tema da reunião, tendo a mesma chegado ao fim.
O Secretariado Nacional
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