[do JN de 5/novembro]
Débora Felgueiras e Alexandra Cunha
ALUNOS DE CAMINHA EM PROTESTO
Hoje, dia 5 de Novembro de 2008, os alunos de todo o país manifestaram-se contra o novo estatuto do aluno. Os alunos da capital puderam manifestar-se junto do Ministério, mas mesmo aqueles que se encontravam afastados geograficamente, uniram-se e lutaram também por um ensino que melhor os sirva.
Assim, no Norte, mais concretamente em Caminha, a Associação de Estudantes da Escola EB 2,3/S de Caminha, organizou uma manifestação. A escola foi encerrada pelos membros da Associação de Estudantes, e pelas 8 horas 30 minutos da manhã já se ouviam os protestos dos alunos indignados com as novas políticas implementadas pela Ministra da Educação, Drª Maria de Lurdes Rodrigues: “Ministra para a rua, a luta continua”, “Não à privatização do ensino” e “Queremos professores, não burocratas”.
Após uma incursão da GNR de Caminha algo imprópria, uma vez que esta força se revelou demasiado agressiva para aquele grupo de estudantes, a escola foi aberta. Contudo os alunos recusaram-se a entrar, de modo a continuarem o seu protesto. Desta forma, a adesão foi total por parte do secundário, e quase total quanto aos alunos do ensino básico.
Para que o protesto tivesse maior impacto e fosse ouvido, conduzidos pelo Presidente da Associação de Estudantes, Miguel Ramalhosa, o grupo dirigiu-se até à Câmara Municipal, entoando as suas reivindicações pelas ruas da vila. Foi com muito esforço que este protesto foi avante e, com muita esperança de que os seus apelos sejam ouvidos, pois, de facto, apenas lutam pelos seus interesses: uma educação digna, sem constantes obstáculos.
Deste modo, sendo a educação um factor de emancipação do ser humano e a base do desenvolvimento das sociedades, deveria hoje ser garantida pelo Estado, tal como prevê a Constituição da República, de forma pública, gratuita, de qualidade para todos e democrática. Porém, não é isto que os estudantes portugueses têm assistido: as medidas dos últimos Governos são gravosas e excluem os estudantes, constituindo um ataque feroz à democracia nas escolas e à escola pública desde o 25 de Abril.
Os alunos portugueses estão, portanto, unidos numa causa que lhes é comum: a demissão da MINISTRA DA EDUCAÇÃO!
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