segunda-feira, março 03, 2008

Textos retirados do fórum saladosprofessores.com

imagem KAOS

[textos retirados do fórum saladosprofessores.com]

«No primeiro dia de Março, a ministra mais contestada do Governo, Maria de Lurdes Rodrigues, foi a Gondomar falar sobre educação.

Para comentar as manifestações de milhares de professores na rua esteve indisponível. Mas para receber uma oferta das mãos do presidente da câmara, trocar dois beijinhos com Valentim Loureiro e sorrir a uma graçola do major sobre o «apito dourado» foi toda sorrisos.

Claro que a situação da educação em Portugal é séria, enquanto este episódio não passa de uma anedota. Mas fica mal a um membro do Governo expor-se a este tipo de situações.

Na prática, o presidente da câmara, que também é um dos principais arguidos num caso de corrupção desportiva, aproveitou a presença da ministra para tentar, mais uma vez, esvaziar o julgamento do «apito dourado». E Maria de Lurdes Rodrigues sorriu.»

«TOMEI A LIBERDADE DE POSTAR ISTO. Além do Major destacou-se também o sr. Albino!

"Sem palavras! (Sobre a CONFAP do Sr. Albino):
Para que conste e porque muita gente não sabe, a CONFAP recebeu do Gabinete da Ministra da Educação duas tranches de 38.717,50 euros cada uma, no segundo semestre de 2006, conforme publicação no Diário da República N. 109 de 6/6/2007 (pág. 15720). Recebeu ainda mais 39.298,25 euros no primeiro semestre de 2007, conforme publicação no DR N. 201, de 18/10/2007 (Pág. 30115). Trata-se da única organização que recebe verbas directamente do Gabinete da Ministra. Com um salário destes, o que se pode esperar do sr. Albino Almeida? Mais de 150.000 euros por ano é muito dinheiro. O sr. Albino é apenas e só um assalariado do Ministério da Educação (por sinal, muito bem pago com os nossos impostos). PÚBLICO on-line
por analista educacional, 2008.03.02 11:08:42, in [Editado pelo Admin]"»

Esta situação é sintomática do isolamento a que chegou a casta no poder. Os números de sondagens medindo a «popularidade» do governo e primeiro-ministro, são totalmente fabricados. Na realidade, existe uma enorme insatisfação, uma enorme frustração, já se está a dissipar o efeito de intimidação sobre as pessoas, já se denuncia à boca cheia os comportamentos intimidatórios, já as pessoas compreendem que este governo é autocrático e não-democrático.

A Ministra Mª de Lurdes Rodrigues e Secretários de Estado estão politicamente isolados das pessoas que, de um modo ou de outro, se identificam com o ideário socialista. As figuras nas quais se apoiam são, de facto, pessoas desacreditadas (Valentim Loureiro) ou que - além de desacreditadas - são vistos por toda a gente como fantoches/lacaios do poder (Albino Almeida da CONFAP).

O comportamento de Cavaco Silva é também sintomático: interpretando a sua posição (e dos seus conselheiros nesta matéria) diria que ele deve achar que as «reformas» (são contra-reformas, na realidade) representam avanços necessários, mas estão a ser implementadas de modo politicamente inábil. Daí pretender pôr um pouco de água na fervura e aparecer como um «apaziguador» de conflitos. Pelo menos é essa a imagem que transparece.

Ao fim e ao cabo, a lição que devemos tomar é a seguinte:

Devemos explicar muito bem às pessoas em geral, que não estão metidas nos assuntos do ensino, a substância dos problemas. Perspectivar que o que se está a passar não pode ser lido de modo redutor como um «assunto de profs», que não estão somente a mexer com a classe docente, estão sim a destruir as bases em que assenta a escola pública, a começar pela sua caracterização constitucional e pela Lei de bases do sistema educativo.

Penso que é ainda mais evidente agora que o nosso objectivo é congregar toda a cidadania. Isto é uma luta de toda a cidadania em defesa da escola pública de qualidade e não «dos profs contra a ministra»!

Manuel Baptista

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