segunda-feira, março 17, 2008

Experiências de Unidade em Defesa da Escola Pública

Marcha da Indignação, Lisboa 8/Março
(100 000 cidadãos unidos)

«Quando podemos encontrar-nos com os pais e explicar-lhes como funcionam as coisas, as relações são em geral boas e sentimo-los prontos a agir de acordo connosco», diz Odile Dauphin, professor de história e geografia. Há dois anos, estava eu no Henri-IV, aquando da reforma Allègre do ensino secundário. Com o SNES (Sindicato Nacional do Ensino Secundário) e o SNFOCL (Sindicato Nacional Força Operária das Escolas Básicas e Secundárias), conseguimos juntar mais de duzentos pais para os informar do que estava a ameaçar os seus filhos e o ensino em geral. «A reunião, realizada num sábado de manhã, correu bem, foi aprovado um apelo comum, e aquando da nossa greve, que durou três semanas, contámos com o apoio, e por vezes mesmo com a participação, de pais em muitas manifestações, apesar de tudo isto ter levado à desorganização do ensino. Aliás muitos pais fizeram a ligação com o que se passava ao nível do seu trabalho (hospital, correios...) e se não pudemos propriamente criar um "soviete Henri-IV", soprou nesse ano um vento de revolta no cruzamento da Rua Clovis com a Rua Clotilde, muito solidário com o que então se passava nas famosas escolas secundárias dos subúrbios.»


(in Maurice T. Maschino, Pais Contra Professores, França, 2002, Ed. Campo das Letras)

Retirado daqui

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