De toda esta movimentação que se tem registado nos últimos dias, há uma crítica que tem sido feita aos sindicatos que, pela minha parte, partilho quase na íntegra e que tenho constatado ao longo de 20 anos de serviço docente. De facto, considero que de uma forma geral os sindicatos não apresentam propostas alternativas, mas entrincheiram-se por detrás do status quo e defendem a situação, qualquer que ela seja. Não são propositivos e isso não ajuda a que o diálogo seja frutuoso. Nos tempos em que António Teodoro dirigia a FENPROF a situação não era essa e a própria organização sindical tinha os seus estudos que lhe permitiam avançar com propostas credíveis e, de facto, alternativas.
Assim, considero que para lá das exigências de curto prazo, que têm a ver com a avaliação de desempenho e com o modelo de gestão, há que projectar a Escola Pública a longo prazo e apresentar propostas alternativas, modelos de escola, que permitam à sociedade constatar que os professores não estão apenas contra as propostas do Ministério, mas que temos as nossas próprias propostas, que potenciam um determinado de sociedade. Poderão não ser propostas elaboradas por teóricos e especialistas, mas sim pelos professores que sentem o dia a dia na escola. Sei que pode ser uma proposta ambiciosa, mas se não formos por aí, corremos o risco de apenas o Ministério da Educação ter uma determinada ideia (e que ideia...) de Escola. Se neste momento não formos ambiciosos, quando o seremos?
Um abraçoAntónio Coelho
(http://inventica.blogspot.com)
positivo para inverter a situação. O que vemos é a constituição, a lei
de bases, etc, serem impunemente violadas, em múltipos aspectos, por
aqueles mesmos que teriam maior responsabilidade em cumprir e em fazê-
las cumprir.
A dinâmica social, apenas, pode mudar as coisas. A dinâmica social não
se vai exprimir em actos para «a média ver», mas num «apossamento» das
pessoas envolvidas anonimamente nas lutas dentro das escolas.
É urgente as pessoas tentarem realizar reuniões dentro das escolas
para discutir, não apenas questões de «carreira», mas também questões
mais abragentes.
Coloca a questão num debate, numa mesa redonda, entre pessoas que se
conheçam e possam vir a encontrar maneira de colaborar em erguer algo
no seu local de trabalho.
«Que escola pública queremos?»
A pergunta é boa de se fazer dentro das nossas escolas: é aí que essa
questão deve ser formulada.
Solidariedade,
Manuel Baptista
E se recuperássemos a Escola Cultural? Estaremos preparados para este desafio?
http://olhardomiguel.blogspot
>
> Acredito que a escola deve ser para todos, para o povo, uma escola laica e democrática, baseada, como tal, nos princípios da Constituição da República Portuguesa. Cabe a ela formar cidadãos transmitindo conhecimento, promovendo o gosto pelo saber a par com o espírito crítico e democrático e estimulando também a criatividade em diferentes vertentes.
> Posso dizer, por exemplo, que sou contra o cheque ensino ou contra a contratação dos professores pelas escolas, etc. mas, como diz o António Carlos, é preciso muito mais. Sugiro, por isso, que façamos esta discussão de uma forma mais sistematizada, isto é, por grandes temas, de modo a não nos perdermos no labirinto destas questões.
>
> Porque não pegamos, por exemplo, neste polémico texto de Henrique Monteiro como base de discussão?
>
> Poderíamos, para começar, discutir cada um dos pontos por ele abordados e assim ficarmos a conhecer a forma como cada um de nós se posiciona perante eles. Dessa nossa discussão poderíamos ainda, eventualmente, elaborar um texto a enviar ao Expresso como resposta a Henrique Monteiro com pedido de publicação.
> Que acham?
>
> Isabel Guerreiro
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