06.09.2008 - 17h03 Lusa
Em colaboração com o Instituto Superior de Educação e Trabalho
FNE cria observatório para o processo de avaliação e apresenta
proposta alternativa em Dezembro
A Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE) vai criar um
observatório nacional para o processo de avaliação dos professores e
divulga, até ao final do primeiro período deste ano lectivo, uma
proposta alternativa à apresentada pela tutela.
"Deve haver uma alteração deste modelo de avaliação", declarou o
secretário-geral da FNE, Dias da Silva, à margem da reunião do
Secretariado Nacional da estrutura.
Neste sentido, a federação, em articulação com o Instituto Superior de
Educação e Trabalho, vai constituir um observatório que "acompanhará o
processo de avaliação de desempenho e ajudará a analisar os documentos
que estão de acordo com as orientações do Ministério da Educação e as
práticas que ocorrem nas escolas". "Será mais um elemento que teremos
em conta para a construção, com os professores, de uma proposta que a
FNE fará de modelo de avaliação de desempenho alternativo ao da
tutela, mas construído e trabalhado com os professores", afirmou Dias
da Silva, argumentando que "não há possibilidade de fazer mudanças em
educação em lado nenhum do mundo sem a participação e a intervenção
dos professores e apesar dos professores".
Com base na análise do tempo desde as aulas que os docentes dão, às
actividades que têm, ao atendimento de pais e encarregados de educação
e reuniões até ao final deste primeiro período lectivo, o estudo vai
indicar o que deve ser melhorado em termos da contabilização do
horário de trabalho de professores na escola, disse o responsável.
Além da questão da avaliação de desempenho, Dias da Silva manifestou
também a preocupação da FNE face à dimensão das turmas e à degradação
dos espaços onde decorrem as aulas, denunciando "as deficientes
condições de trabalho que se verificam em muitas escolas, quer para
alunos, quer para professores, quer para os trabalhadores não
docentes".
Neste encontro vai ser ainda dada particular atenção à questão da
educação especial que, segundo Dias da Silva, impõe "a realização de
um grande reforço da credibilidade das certificações escolares (...)
sem deixar de ter em linha de conta todas as dimensões educativas em
que a escola deve intervir".
A FNE insiste igualmente na necessidade de "acabar com o elevado nível
de precariedade em termos de vínculos laborais" e exige a substituição
do contrato a termo de mais de 20 mil docentes pela contratação sem
termo.
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Também em Junho deste ano - no debate promovido pelo Movimento Escola Pública - a Fenprof anunciou um modelo alternativo de
Avaliação do Desempenho a apresentar em fins de Junho.
Afinal, segundo parece, será apresentado no dia 8 de Outubro:
8 DE OUTUBRO
Apresentação pública das proposta da FENPROF sobre um modelo alternativo de Avaliação do Desempenho, a partir da qual será lançado o debate nas escolas. Esta proposta será discutida e construída com os professores, com vista à sua apresentação ao Ministério da Educação para negociação, nos termos consagrados através do Memorando de Entendimento, como realçou Mário Nogueira no encontro com os profissionais da comunicação social, realizado em Coimbra (5 de Setembro).
Apresentação pública das proposta da FENPROF sobre um modelo alternativo de Avaliação do Desempenho, a partir da qual será lançado o debate nas escolas. Esta proposta será discutida e construída com os professores, com vista à sua apresentação ao Ministério da Educação para negociação, nos termos consagrados através do Memorando de Entendimento, como realçou Mário Nogueira no encontro com os profissionais da comunicação social, realizado em Coimbra (5 de Setembro).
(ver aqui )
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Não há nada que aguardar. Esse modelo, cuja genese é alegadamente o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), foi, na verdade, produção de alguns dos seus dirigentes (nomeadamente da Direcção regional do Oeste, e na esteira do pensamento conservador e pró-Ordem da ex-dirigente do SPGL Lurdes Silva) é conhecido internamente em círculos restritos do sindicato desde o mês de Maio, altura em que foi distribuído reservadamente a certos membros do seu Conselho Geral...
E é esse documento-base, que foi numa 3ª fase, trabalhado, também "à porta fechada" por um grupo da dirigentes da FENPROF, que será "adoptado" pelo seu Secretariado Nacional (SN) e divulgado publicamente no dia 8 de Outubro. Então, a única curiosidade será de ver quais as alterações que o documento inicial (francamente mau para os docentes em geral e os contratados em particular) terá sofrido em sede do SN da FENPROF até à versão final de dia 8/10.
(*) Para todos aqui fica a versão inicial do documento (Maio de 2008), publicada por mim a 7 de Julho em http://www.saladosprofessores.com/index.php?option=com_smf&Itemid=62&topic=11773.msg113791#msg113791 . Recomendo leitura crítica e atenta deste polémico texto. Dada a sua extensão omitimos-lhe o Índice.
Paulo Ambrósio
sócio nº 55177 do SPGL/FENPROF
sub-coordenador da sua Frente de Professores Desempregados
moderador global do forum www.saladosprofessores.com
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Modelo de Avaliação do "SPGL" - "É preciso avisar toda a gente!"
Modelo de Avaliação do "SPGL" - "É preciso avisar toda a gente!"
Ler toda a informação relacionada com este assunto (incluindo todos os documentos na íntegra) em:
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