Os sindicatos deparam-se, no actual contexto histórico, com novos desafios extremamente complexos, para definirem a sua organização, refazerem estratégias de acção, delimitarem campos de acção, definirem novas alianças e, acima de tudo, para fazerem emergir em cada trabalhador, e no maior número possível, a sua identidade e a percepção dos problemas inerentes à sua condição concreta e específica e a sua consciência de classe. (Carvalho da Silva, Trabalho e Sindicalismo em Tempo de Globalização, p. 34)
O problema é que entre nós, para tempos complexos, só temos homens simples. Ou simplistas.
Ou mais grave, temos a ideia de que o sindicalismo é só para os que estão «dentro» e que as nomenklaturas não se devem abrir, mas sim os trabalhadores quem deve acorrer á colmeia em busca da abelha-mãe.
Enquanto não se perceber que isto só leva à debandada de todos os que ficam sem voz, abafados pelo trovão de comando, intimidatório, que surge do topo - qual deus ex-machina com propriedades de infalibilidade e pergaminhos intocáveis - está muita coisa estragada.
Em termos de sindicalismo docente, nos últimos dias recuámos vários anos.
Infelizmente.
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