"Apelamos ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para exercer a sua magistratura de influência no sentido de tentar resolver este conflito, que já se arrasta há mais de um ano e cada vez mais prejudica a aprendizagem dos nossos filhos", disse à agência Lusa Maria José Viseu, porta-voz da CNIPE.
"A nossa preocupação tem a ver, sobretudo, como o facto de este conflito, que não tem fim à vista, estar a influenciar negativamente a aprendizagem dos alunos", acrescentou.
Situação que, segundo Maria José Viseu, vai se "agudizar ainda mais" se o braço-de-ferro e a "situação de conflito" continuarem por muito mais tempo.
"Os professores irão dispor de muito pouco tempo para apoiar os alunos, sobretudo os do ensino secundário e aqueles do 9 ano que irão fazer os exames nacionais", precisou.
Para a responsável da CNIPE, o dia de paralisação hoje dos professores "trouxe alguma anormalidade", uma vez que a "adesão à greve foi elevada e impediu o normal funcionamento das escolas".
Maria José Viseu criticou ainda o facto de algumas escolas, sobretudo na zona de Sintra, encerrarem obrigando os alunos a ir para casa, e não forneceram o serviço de refeição.
Os professores realizaram hoje mais uma greve em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente (ECD). Os sindicatos exigem a suspensão e substituição do modelo de avaliação de desempenho e, relativamente ao ECD, querem eliminar a divisão da carreira em categorias hierarquizadas (professores e professores titulares).
(recebido por mail)
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