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quarta-feira, janeiro 21, 2009

CNIPE apela a intervenção do Presidente da República para resolver conflito

A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) exigiu hoje a intervenção do Presidente da República para resolver o 'braço-de-ferro' entre sindicatos dos professores e Governo, considerando que os maiores prejudicados são os alunos.

"Apelamos ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, para exercer a sua magistratura de influência no sentido de tentar resolver este conflito, que já se arrasta há mais de um ano e cada vez mais prejudica a aprendizagem dos nossos filhos", disse à agência Lusa Maria José Viseu, porta-voz da CNIPE.

"A nossa preocupação tem a ver, sobretudo, como o facto de este conflito, que não tem fim à vista, estar a influenciar negativamente a aprendizagem dos alunos", acrescentou.

Situação que, segundo Maria José Viseu, vai se "agudizar ainda mais" se o braço-de-ferro e a "situação de conflito" continuarem por muito mais tempo.

"Os professores irão dispor de muito pouco tempo para apoiar os alunos, sobretudo os do ensino secundário e aqueles do 9 ano que irão fazer os exames nacionais", precisou.

Para a responsável da CNIPE, o dia de paralisação hoje dos professores "trouxe alguma anormalidade", uma vez que a "adesão à greve foi elevada e impediu o normal funcionamento das escolas".

Maria José Viseu criticou ainda o facto de algumas escolas, sobretudo na zona de Sintra, encerrarem obrigando os alunos a ir para casa, e não forneceram o serviço de refeição.

Os professores realizaram hoje mais uma greve em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente (ECD). Os sindicatos exigem a suspensão e substituição do modelo de avaliação de desempenho e, relativamente ao ECD, querem eliminar a divisão da carreira em categorias hierarquizadas (professores e professores titulares).

(recebido por mail)

terça-feira, janeiro 20, 2009

GREVE NACIONAL DE PROFESSORES - Dados dos Sindicatos




Greve 19 de Janeiro Escolas encerradas ou com percentagens elevadas de adesão
Greve Nacional - 2 anos ECD - 19-01-2009
LISTA DE ESCOLAS FECHADAS - 19-01-2009 12:01:34


Escolas Fechadas - 144


CEPI- CENTRO EDUC.PROTEC.INFANTIL REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 A DOS BISPOS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 A DOS LOUCOS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ALDEIA JUSO N 2 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ALHANDRA N 1 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ALHANDRA N 2 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ALICE VIEIRA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 AMOREIRA N 1 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ANTONIO REBELO ANDRADE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ARTUR MARTINHO SIMOES REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 BIRRE N 2 - COBRE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 BIRRE N 3 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C / J I CORTEGACA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I BRAGADAS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I CASAL SERRA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I PERO PINHEIRO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I POVOA SANTA IRIA (NORTE) REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I QUINTA CONDESSA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I QUINTA GRANDE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I SACADURA CABRAL REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I SANTOS MATTOS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I TERRA DOS ARCOS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/ J I VEIGA FERREIRA - FAMOES REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/JI CASAL COTAO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 CACEM N 1 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 DIONISIO SANTOS MATIAS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ESTORIL REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 FREI LUIS SOUSA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 GAGO COUTINHO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 JOAQUIM MATIAS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 LISBOA MANUEL TEIXEIRA GOMES REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 LISBOA N 183 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 LOIOS (9) REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 LUISA DUCLA SOARES REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 LUIZA NETO JORGE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MALVEIRA SERRA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MARIO MADEIRA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MASSAMA N 2 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MELLO FALCAO DA PONTINHA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MESTRE ARNALDO LOURO ALMEIDA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 MONTE ESTORIL REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 N 195 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 ODIVELAS Nº 7 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 PADRE AGOSTINHO SILVA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 PAREDE N 4 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 POVOA SANTA IRIA N 4 REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 QUINTA DALIAS (FAMOES N 1) REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 QUINTA PRETAS (FAMOES N 4) REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 S JOAO BRITO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 S SEBASTIAO PEDREIRA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 TRIGACHE (FAMOES 3) REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 VALE GRANDE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 VALE PARAISO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 ANTONIO PEREIRA COUTINHO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 ANTONIO GEDEAO - ARROJA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 AVELAR BROTERO REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 BAIRRO PADRE CRUZ REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 CONDE OEIRAS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 MARQUESA ALORNA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 PISCINAS REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 PONTINHA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 SOEIRO PEREIRA GOMES REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 SOPHIA MELLO BREYNER ANDERSEN REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 3 VASCO SANTANA - RAMADA REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 2 JOAO DEUS - MONTE ESTORIL REGIÃO LISBOA
ESCOLA SECUNDARIA GIL VICENTE REGIÃO LISBOA
ESCOLA SECUNDARIA LINDA A VELHA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA A DOS BISPOS REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA AREIA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA ARROJA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA BOBA (S BRAS) REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA COBRE REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA COTOVIOS REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA DOS PALMEIROS REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA GIL EANES REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA JOSE MARTINS( LINDA A VELHA) REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA MALVEIRA SERRA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA MANIQUE INTENDENTE REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA MONTELAVAR REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA MURCHES REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA N 1 STA MARIA OLIVAIS REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA N 2 MARVILA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA N 3 MARVILA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA N 4 MARVILA REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA N 5 STA MARIA OLIVAIS REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA PAI VENTO REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA TOMAS RIBEIRO REGIÃO LISBOA
JARDIM INFANCIA TORRE REGIÃO LISBOA
ESCOLA BASICA 1 C/JI AVENAL REGIÃO OESTE
ESCOLA BASICA 1 C/JI LAGOA PARCEIRA REGIÃO OESTE
ESCOLA BASICA 1 NADADOURO REGIÃO OESTE
ESCOLA BASICA 1 PARQUE REGIÃO OESTE
ESCOLA BASICA 1 2 3 FERNANDO CASIMIRO P SILVA REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 1 ALMEIRIM REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 1 C/ J I VALE FIGUEIRA REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 1 FAZENDAS ALMEIRIM REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 MARINHAIS REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 ALEXANDRE HERCULANO REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 DR ANTONIO CHORA BARROSO - RIACHOS REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 FAZENDAS ALMEIRIM REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 FEBO MONIZ REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 2 3 MEM RAMIRES REGIÃO SANTAREM
ESCOLA SECUNDARIA ALCANENA REGIÃO SANTAREM
ESCOLA SECUNDARIA C/ 3º CEB ENTRONCAMENTO REGIÃO SANTAREM
ESCOLA SECUNDARIA DR AUGUSTO CESAR S FERREIRA-RIO MAIOR REGIÃO SANTAREM
JARDIM INFANCIA FAZENDAS ALMEIRIM REGIÃO SANTAREM
JARDIM INFANCIA FAZENDAS ALMEIRIM REGIÃO SANTAREM
JARDIM INFANCIA FAZENDAS ALMEIRIM N 2 REGIÃO SANTAREM
ESCOLA BASICA 1 ALCOCHETE N 1 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 AMORA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I ALMADA N 1 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I ALTO MOINHO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I CASAL MARCO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I INFANTE D AUGUSTO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I MARIA ROSA COLACO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I MIRATEJO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I PRAGAL REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I SOBREDA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/ J I VILA NOVA CAPARICA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 C/JI RESTAURACAO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 CJ I PASSIL REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 CONDE FERREIRA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 COSTA CAPARICA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 COVA PIEDADE N 2 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 D NUNO ALVARES PEREIRA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 FEIJO N 2 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 FEIJO N 3 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 JOSE AFONSO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 QUINTA PRINCESA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 SAMOUCO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 SAO FRANCISCO REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 VALE MILHACOS REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 1 VALE FIGUEIRA N 1 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 2 3 D ANTONIO COSTA - ALMADA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 2 3 NUNO ALVARES- SEIXAL REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA 2 3 PEDRO EANES LOBATO - AMORA REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA ALCOCHETE N 2 REGIÃO SETUBAL
ESCOLA BASICA C/ J I VALE FLORES REGIÃO SETUBAL
ESCOLA SECUNDARIA C/ 2 3 CEB ANSELMO ANDRADE REGIÃO SETUBAL
ESCOLA SECUNDARIA ROMEU CORREIA - FEIJO REGIÃO SETUBAL
JARDIM INFANCIA FEIJO N 1 REGIÃO SETUBAL
JARDIM INFANCIA QUINTA CONDE PORTALEGRE REGIÃO SETUBAL
JARDIM INFANCIA SAMOUCO REGIÃO SETUBAL
JARDIM INFANCIA SAO FRANCISCO REGIÃO SETUBAL


Professores e Educadores: Mais uma extraordinária Greve
Às 11 horas deste dia 19 de Janeiro de 2009, é já possível afirmar que na área do SPGL, como em todo o país, a greve dos Professores e Educadores volta a atingir valores de adesão muito elevados. De acordo com os dados que nos foram enviados pelos Conselhos Executivos e recolhidos pelos delegados sindicais, a adesão aproxima-se dos 90% dos docentes com aulas no dia de hoje. Registava-se a essa hora que estavam encerradas, só na área do SPGL, 144 escolas e jardins de infância. Estes dados, apesar das ameaças, dificuldades e mesmo de um certo cansaço provocado pelo arrastar desta luta, sublinham bem a determinação dos docentes em prosseguir a sua luta pela revisão do Estatuto de Carreira Docente, revisão cujas negociações se iniciarão em 28 de Janeiro próximo, exigindo medidas que conduzam ao fim da divisão da carreira docente em “titulares” e “professores”, ao fim das quotas para a atribuição de muito bom e excelente e que permitam a integração nos quadros de docentes que, apesar de vários anos de serviço, se mantêm em situação de permanente instabilidade.

A elevada adesão à greve que se vem registando dá ainda mais força à luta contra um modelo absurdo e profundamente iníquo de avaliação de desempenho docente, situação que só uma doentia teimosia do ME (e do Governo) arrasta, com graves prejuízos para o ambiente de trabalho das nossas escolas públicas. A adesão a esta greve assinala de forma inequívoca que os professores e educadores não desistirão de lutar pela sua dignidade profissional que associam necessariamente à qualidade da escola pública.

Compete ao Ministério da Educação tirar as ilações necessárias de duas greves tão próximas com elevadíssima adesão – que o ME aliás reconhece – que se seguem a duas gigantescas manifestações.

Da parte dos docentes, a capacidade de luta é compatível com abertura negocial. Da parte do ME exige-se uma posição negocial séria e aberta. E que ponha o interesse das escolas (dos alunos e dos professores) acima de conjunturais situações político-partidárias.

A Direcção do SPGL
_______________________________________________________________


GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES - 19 DE JANEIRO

Greve dos professores tem uma enorme dimensão
Mais uma vez os professores e educadores denunciam esta política e exigem respeito

Às primeiras horas da manhã confirma-se o elevado nível de adesão dos docentes à GREVE.

Dados de Adesão à Greve - 10H30
http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Novidades/Grve_19Jan/dados%2010.30.pdf

Dados de Adesão à Greve - 11H30
http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Novidades/Grve_19Jan/Dados%2011.20.pdf

Dados de Adesão à Greve - 12H00
http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Novidades/Grve_19Jan/Dados%2012.00%20horas.pdf






Escola Secundária Jaime Cortesão - reportagem ao início da manhã
Nem um professor compareceu!



Na EB 2, 3 Alice Gouveia, havia uma surpresa para a comunicação social
Professores concentravam-se à porta deste estabelecimento de ensino, envergando uma faixa de exigência da suspensão deste modelo de avaliação do desempenho, ao mesmo tempo que liam a moção aprovada por unanimidade em reunião geral de docentes, que anuncia a suspensão do modelo, naquele agrupamento.



http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Novidades/Grve_19Jan/Dados%2012.00%20horas.pdf



Copyright © 2007 Sindicato dos Professores da Região Centro

Notícias da Greve Nacional dos Professores

Fonte: IOL Diário 19-01-2009 Centenas de professores manifestaram-se em Braga, Viseu e Guarda Redacção / HB


Mais notícias:

PROmova saúda a adesão à greve nacional de professores

PROmova.jpg

Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009

ADESÃO ESMAGADORA À GREVE, BEM ACIMA DOS 90%, É UM GOLPE FATAL NO SIMPLEX E NO ECD (PRINCÍPIOS DA DIVISÃO DA CARREIRA E DAS QUOTAS)

http://1.bp.blogspot.com/_KdtlQSb9TP0/SXRfaxQLxfI/AAAAAAAAApY/ycAVHwwuejo/s400/greve19a.JPGNa esmagadora maioria das escolas, a imagem dos livros de ponto, intocados nas prateleiras das salas de professores, traduz bem a realidade da adesão dos docentes a esta Greve.

Com níveis de adesão à Greve superiores a 90%, os professores voltaram a dizer NÃO, quer a este modelo de avaliação, qualquer que seja a versão do mesmo, quer aos aspectos mais gravosos do ECD, nomeadamente, a divisão arbitrária dos professores em categorias e a inaplicabilidade de quotas pré-definidas ao sistema de ensino. A título de exemplo, a adesão à Greve na Escola Secundária de S. Pedro, em Vila Real, foi, no período da manhã, de 100%. Todavia e para gáudio dos secretários de Estado, as escolas estão abertas, mas professores é que nem vê-los.

Em qualquer país democrático e com políticos responsáveis, esta equipa ministerial já tinha tirado as devidas ilações da impressiva contestação dos professores e dado lugar a outros protagonistas, mais credíveis, que estivessem em condições de empreender uma reformulação das suas políticas educativas. A propósito, vejam a lição de grandeza e de sensatez que vem do PS Açores, que acaba de suspender o seu modelo de avaliação. Mas, efectivamente, é necessário carácter, humildade democrática e inteligência para compreender que se fracassou e para saber retirar-se de cena com dignidade. Sra. ministra da Educação e Srs. secretários de Estado façam um favor a vocês próprios e, por uma vez, prestem um grande serviço à escola pública e ao país, DEMITAM-SE!

É que os portugueses mais esclarecidos começam, de facto, a colocar uma questão incontornável: com quem vai esta equipa ministerial e este Governo pôr em prática o seu modelo de avaliação? Alguém de bom senso acredita que é possível implementar medidas e políticas com base numa teimosia albanesa, em total alheamento e em contramão com a vontade dos actores no terreno?

E neste caso, nem sequer está em causa um problema de comunicação ou uma qualquer fatalidade que levou à quebra definitiva do diálogo entre os professores e a tutela, mas, antes, medidas inconsistentes, injustas e desacreditadas, aliadas a uma combinação de prepotência e de inépcia, sem paralelo na democracia portuguesa.

Não são necessárias mais expressões públicas da vontade dos professores relativamente à REJEIÇÃO do modelo de avaliação, da divisão da carreira e das quotas. As respostas dos professores, em Greves, Manifestações e Resistência nas escolas, têm sido esmagadoras e claras.

Para os professores, esta equipa ministerial e este Governo deixaram de contar.

Nesta fase, devemos procurar sensibilizar interlocutores mais preocupados com a realidade das escolas e com a situação de conflitualidade para que nos empurraram, como temos a expectativa de ser o caso do Sr. Presidente da República, pelo que se torna imprescindível a nossa presença, em Belém, no dia 24 de Janeiro.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Duas jornadas de luta importantes



DUAS JORNADAS DE LUTA NUMA SEMANA

Caro(a) colega,


A semana de 19 a 24 de Janeiro de 2009 vai ficar na história de Portugal, pela determinação, mobilização e participação dos PROFESSORES em duas jornadas de luta.

A semana inicia-se (19 de Janeiro) com uma GREVE e termina com uma CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO em frente do Palácio de Belém (24 de Janeiro, às 14:30h).

Uma e outra necessitam de uma adesão e participação massiva dos professores.

É importante que demonstres a tua determinação na luta contra a política educativa que continua a fazer de ti um "indigno" e a destruir a tua profissão e escola pública.

Vê como te consideram:

«quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008, referindo-se aos professores e à sua luta).

«vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008).

«caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil» (Jorge Pedreira, Novembro/2008).

«admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública» (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006).

«[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008).

É POR TUDO O QUE TÊM FEITO E DITO...

É preciso dizer não!
É por tudo isto ...


... que é determinante fazer greve no dia 19;


... que é importante participar na concentração/manifestação em frente do Palácio de Belém, no dia 24, às 14:30 h;

... que não entregues os "objectivos individuais".


MOBILIZAR! UNIR! RESISTIR!

Comunicado aos Pais, Encarregados de Educação e Cidadãos em geral

Cartaz daqui

MENSAGEM AOS PORTUGUESES


Os professores vêm-se na necessidade de proceder a novas formas de luta, depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração na elaboração de várias leis que estão a contribuir para que a confusão e o mal-estar se instalem nas nossas escolas: Fizeram-se abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações – duas das quais com mais de 100 mil professores –, sendo estas formas de luta desenvolvidas ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos.

O que querem os professores?

- Querem que as escolas continuem a ser geridas democraticamente. Não querem voltar a ter um reitor à moda antiga; Só dando exemplo diário de democracia é possível formar consequentemente para a democracia.

- Querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional.

- Querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente, onde o mérito só é premiado em alguns casos.

- Querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo – em desprezo pelos que estão há anos no terreno – procura impor, ignorando todos.

- Querem leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas e não a sua constante desautorização e desvalorização por parte do ME.

- Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias.

- Não estão a reivindicar aumentos salariais – apesar de a crise ser profunda e a classe, desde há oito anos, ter vindo a ver decrescer o seu salário real.

Embora, pelas razões expostas, os professores se vejam obrigados a lutar, irão empenhar-se para garantir a leccionação das matérias previstas.

Os professores desejam salientar que não esquecerão os seus alunos e reiteram que esta luta é de todos – pais, alunos e professores – por uma escola pública de qualidade.

APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)

CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)

MEP (Movimento Escola Pública)

MUP (Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores)

PROmova (Movimento de Valorização dos Professores)

SPRC - Nota à Comunicação Social


NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

PROFESSORES EM GREVE EXIGEM RESPEITO, CONSIDERAÇÃO

E UMA PROFUNDA ALTERAÇÃO NA POLÍTICA EDUCATIVA

Na segunda-feira, dia 19 de Janeiro, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, estará, às 8 horas na Escola Secundária Jaime Cortesão e às 9.30 horas na EB 2,3 Alice Gouveia, ambas em Coimbra, onde acompanhará os primeiros momentos da Greve.

Os professores e educadores portugueses voltarão a fazer uma Grande Greve na próxima segunda-feira, dia 19 de Janeiro. Nesta data, em que se completam 2 anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, os professores e educadores em Greve exigirão:

a suspensão do actual modelo de avaliação que está a perturbar profundamente o funcionamento das escolas, o desempenho dos professores e as aprendizagens dos alunos;

uma revisão positiva do Estatuto da Carreira Docente de que resulte a eliminação da divisão da carreira, a substituição do modelo de avaliação, incluindo as quotas, ou a revogação da prova de ingresso na profissão.

Para a FENPROF, este será um importantíssimo momento de protesto e exigência! Um protesto também dirigido contra o clima de ameaça e intimidação que o ME procura instaurar nas escolas adoptando uma postura absolutamente inaceitável e antidemocrática; de exigência, não apenas pelas razões antes expostas, mas, igualmente, por uma verdadeira mudança das actuais políticas educativas que têm desvalorizado a Escola Pública e atentado contra a dignidade dos profissionais docentes e as condições em que exercem a sua profissão.

Na segunda-feira, dia 19 de Janeiro, o Secretário-Geral da FENPROF, Mário Nogueira, estará, às 8 horas, na Escola Secundária Jaime Cortesão e às 9.30 horas na EB 2,3 Alice Gouveia, ambas em Coimbra, onde acompanhará os primeiros momentos da Greve. Pelas 15 horas, já em Lisboa, integrará a delegação da Plataforma Sindical dos Professores que entregará no Ministério da Educação o abaixo-assinado exigindo a revogação do “ECD do ME” e a sua substituição por outro que respeite, valorize e dignifique os docentes e o seu exercício profissional.

ESCOLAS RESISTEM E, UMAS APÓS OUTRAS,

REITERAM DECISÃO DE SUSPENDER AVALIAÇÃO

A grande luta dos professores é a que estes travam, escola a escola, suspendendo a avaliação imposta pelo ME. Como a FENPROF sempre afirmou, à teimosia do ME e do Governo os professores respondem com determinação e firmeza e mantêm suspensa a avaliação que o ME tarda em suspender e recusando entregar os objectivos individuais de avaliação. É, pois, nas escolas que o ME está a ser derrotado pelos professores e educadores portugueses!

Todos os dias cresce o número de escolas que, após a publicação do Decreto Regulamentar nº 1-A/2009, de 5 de Janeiro, reafirmam as decisões já antes tomadas de suspender a avaliação. Mas mesmo em escolas em que essa decisão não foi tomada, são milhares os professores que decidem não entregar os objectivos individuais de avaliação.

Estas decisões dos professores e das escolas merecem todo o apoio da FENPROF que os exorta a manterem esta postura e a derrotarem as intenções da actual equipa ministerial e o Governo que, obstinadamente, insistem em levar por diante um modelo de avaliação que cria graves perturbações ao funcionamento e organização das escolas, que não contribui para a melhoria do desempenho dos docentes e que prejudica as aprendizagens dos alunos.

O ME seria responsável se decidisse suspender a avaliação, mas, perante a sua irresponsabilidade, os professores e educadores não hesitam e assumem eles a atitude mais responsável!

Nota: Consultar em http://www.fenprof.pt/ ou em www.sprc.pt (textos de posições aprovados) a lista das escolas que suspenderam a avaliação.

O Secretariadoprc_8562.html

http://ocartel.blogspot.com/2009/01/info-sprc_8562.html

domingo, janeiro 18, 2009

GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES 19/01/2009

APELO À GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES

Greve, Segall, 1956

VAMOS PROJECTAR O FUTURO COM AS NOSSAS MÃOS


GREVE NACIONAL A 19 JANEIRO

Se eu pudesse falar contigo e dizer-te como é importante que faças esta Greve. Como ela te ajuda a vencer os medos. Como ela faz de nós seres importantes e nos mostramos importantes aos olhos de todos.

Começámos a incomodar e o poder a perceber que não faz de nós objectos, simples recursos de um mundo que não quero.

Se ao menos também tu quiseres fazer parte de um novo SER PROFESSOR. Em que não nos esmagam todos os dias nos normativos, nos discursos dos nossos governantes, nas reuniões partidárias de auto-elogio, nos debates de surdos no nosso parlamento.

Se ao menos quiseres combater “esta mentira quotidiana”.

A GREVE é, sim, um acto político. E o que o não é? E é ao escrevê-lo que marcamos a história e construímos o futuro.

Espero encontrar-te segunda-feira, ao lado de tantos que, como eu, não se resignarão.

Lisboa: 15:00 horas 5 Outubro em frente ao ME

Outras Cidades: em frente aos Governos Civis.

QUANTOS SEREMOS?


Não sei quantos seremos

mas que importa?!

Um só que fosse

e já valia a pena

Aqui no mundo

alguém que se condena

A não ser conivente

Na farsa do presente

Não podemos mudar a hora da chegada

Nem talvez a mais certa

A da partida.

Mas podemos fazer a descoberta

Do que presta

E não presta

Nesta vida.

E o que não presta é isto

esta mentira

Quotidiana.

Esta comédia desumana

E triste

Que cobre de soturna maldição

A própria indignação

Que lhe resiste.

Miguel Torga, Câmara Ardente


In Bilros & Berloques


QUEM NÃO SE SENTE....


PÉROLAS & PORCOS:



  • "vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos"

(Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008)

  • "caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre

se poderiam recrutar novos no Brasil" (Jorge Pedreira, Novembro/2008)

  • "quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de

leite!" (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008)

  • "[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (DEPOIS DE ESTICADOS PARTEM), SÓ SÃO VALENTES QUANDO ESTÃO EM GRUPO!"

(Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008)


Depois disto... quem não fizer greve no dia 19 é porque já está morto.

In Bilros & Berloques

sábado, dezembro 06, 2008

Projecto aprovado na reunião da CDEP de 02/Dez/2008

Projecto de posição de professores para o dia da greve (3 de Dezembro),

e/ou a apresentar no Encontro de Leiria de 6 de Dezembro

Os professores e educadores estão unidos com os seus sindicatos em torno das exigências contidas na Resolução apresentada por toda a Plataforma sindical, à manifestação de 120 mil, no passado dia 8 de Novembro, em Lisboa.

Nesta Resolução está contido:

- O apelo a todos os docentes para que suspendessem nas escolas o processo de avaliação do desempenho docente e exigissem a negociação de um novo modelo de avaliação – no âmbito de um processo mais geral de revisão do ECD, que garanta a eliminação da divisão dos docentes em categorias e elimine todos os constrangimentos administrativos a uma normal progressão na carreira (como é o caso das quotas), acabe com a prova de ingresso na profissão, estabeleça regras pedagogicamente relevantes para a organização dos horários, fixe regras excepcionais para a aposentação dos docentes (tendo em conta o elevado desgaste físico e psicológico decorrente do exercício da profissão);

- A exigência do restabelecimento da gestão democrática nas escolas;

- A rejeição da legislação para o novo concurso de colocação dos docentes nas escolas;

- A consideração de serem inaceitáveis as medidas do Governo para limitar a organização e o exercício da actividade sindical;

- A suspensão da participação da Plataforma sindical na Comissão Paritária de Acompanhamento do Regime de Avaliação do Pessoal Docente, até que o Governo suspenda o seu processo de avaliação de desempenho.

Esta Resolução – que fez a unidade de todos os professores e educadores com os seus sindicatos – coloca na ordem do dia a revogação do ECD e a denúncia formal do "Memorando de Entendimento" com o ME, assinado no passado mês de Abril, Memorando que a força da mobilização dos professores ultrapassou.

Os professores e educadores estão unidos com os seus sindicatos; provam-no as tomadas de posição de suspensão da avaliação do desempenho docente, as manifestações e a resposta massiva ao apelo de greve em todo o Ensino básico e secundário.

A nossa mobilização não "tem um mero objectivo corporativo", como o Governo afirma. As nossas exigências constituem a base para a defesa de uma Escola Pública onde existam condições para ensinar e aprender, a começar pela existência de democracia, pelo relacionamento saudável entre pares e por uma avaliação do nosso trabalho destinada a melhorar a qualidade do ensino – em vez da avaliação que o Governo quer impor, destinada a lançar os docentes uns contra os outros, a dividi-los em "categorias" (quando todos fazem basicamente o mesmo tipo de trabalho), de modo a realizar o objectivo economicista de só um terço dos docentes poder atingir o topo da carreira.

Ao defender uma Escola Pública democrática, os professores estão a assumir uma luta que diz respeito a todos os sectores da sociedade, que hoje estão a ser fustigados – de forma particular – pelo mesmo Governo, procurando isolar cada sector e virá-lo contra os outros.

Assim, tratando-se de uma luta de conjunto, cabe aos dirigentes da CGTP e da UGT (às quais pertencem as duas maiores federações dos sindicatos dos professores – FENPROF e FNE) quebrar esta estratégia de divisão feita pelo Governo, organizando a mobilização nacional de todos os sectores da população trabalhadora, em defesa da Escola Pública, de todos os outros serviços públicos e dos trabalhadores do sector privado.

Convictos de que a unidade conseguida no sector do Ensino também poderá ser realizada nos outros sectores e em conjunto, os professores e educadores reunidos em Leiria, a 6 de Dezembro, decidem apelar aos responsáveis da CGTP e da UGT para que organizem a mobilização solidária de todos os sectores da população trabalhadora portuguesa, incluindo se necessário a greve geral nacional.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Comunicado dirigido a alunos, pais, e.e. e restantes cidadãos

Alunos
Pais
Encarregados de Educação
População em geral

COMUNICADO

Os professores que hoje fazem greve não esquecem a aula que fica por dar. Pensam

em como terão que dar todas as que virão. O prejuízo dos alunos não está nesta aula perdida.
O benefício, esse, estará nos resultados deste protesto. Hoje, e sempre, os professores
pensam no melhor para os seus alunos, alguns dos quais também são filhos de professores.
Os nossos alunos são pessoas de pleno direito, em formação, que merecem a defesa
de um Futuro e de uma Escola de qualidade.
Porque há momentos em que trabalhar, de qualquer forma e a qualquer preço, é mais
indigno do que parar, hoje fazemos greve por nós e por vós!

EM DEFESA de uma Escola Pública de qualidade!
EM DEFESA dos Alunos!
EM DEFESA dos Professores e Educadores!
EM DEFESA de um modelo de avaliação sério, justo e formativo!
EM DEFESA da uma escola autónoma e democrática!
EM DEFESA da suspensão do actual modelo de avaliação!
EM DEFESA de uma profissão digna, capaz de cumprir o papel social dos docentes!
EM DEFESA do abandono das propostas do ME de alteração ao diploma de concursos!
EM DEFESA de uma negociação efectiva do Estatuto da Carreira Docente!
CONTRA o ECD do Ministério da Educação, porque divide artificial e administrativamente
a carreira em duas categorias – Professores e Professores Titulares!
CONTRA o modelo de avaliação do desempenho em vigor, porque não é justo, não é exequível
e não é cientificamente rigoroso!
CONTRA as propostas de alteração aos concursos, porque não só agravam a instabilidade
e precariedade profissional e laboral dos professores e educadores, como ameaçam a existência
de critérios transparentes e objectivos em matéria de graduação profissional e, por
essa via, de selecção dos docentes!
CONTRA a existência de barreiras artificiais no ingresso e na progressão na carreira!
CONTRA horários de trabalho irrealistas e pedagogicamente inadequados!

(elaborado por um grupo de professores)

Avaliação: 13 perguntas e 13 respostas para desfazer equívocos

O Governo tem procurado fazer passar a ideia de que os Sindicatos não querem negociar e não têm qualquer proposta para a avaliação do desempenho docente, o que é falso. Ficam aqui 13 respostas a outras tantas questões que ajudam a esclarecer as dúvidas.
1. Os Sindicatos de Professores alguma vez apresentaram propostas para que se estabelecesse um regime de avaliação de desempenho dos professores?

R.: Por diversas vezes, as primeiras das quais já no final dos anos 80 quando se iniciou a negociação do primeiro Estatuto da Carreira Docente.

2. Mas ao actual Governo foram apresentadas propostas concretas?
R.: Sim, também por diversas vezes. As primeiras datam de Junho de 2006 e assumiam o carácter de contrapropostas às que o Ministério da Educação (ME) tinha apresentado. Prevêem a diferenciação na avaliação, admitem, em determinadas condições, componentes externas, centram-se na actividade docente e dão grande importância aos aspectos científico-pedagógicas.

3. E quando apresentou o ME as suas primeiras propostas?
R.: Em Maio de 2006. Apesar das diversas propostas apresentadas, num primeiro momento por cada organização sindical e, depois, pelo conjunto da Plataforma Sindical (em 11 e 25 de Outubro de 2006). A comparação entre o anteprojecto ministerial e o decreto final não deixa quaisquer dúvidas: contam-se pelos dedos de uma só mão as alterações introduzidas. Em relação às questões de fundo não há mesmo qualquer diferença significativa.

4. Mas não houve um processo negocial que se prolongou por 2 anos?
R.: Se juntarmos o processo de revisão do ECD com o de regulamentação da avaliação, esse foi o período negocial, mas tratou-se de uma negociação que se esgotou nos aspectos formais. Por exemplo, quando em 19 de Outubro os Sindicatos insistiam na necessidade de alterar aspectos significativos do ECD (modelo de avaliação, divisão da carreira, quotas...), foram ameaçados! Ou ajudavam "o barco a chegar a bom porto, ou, se ele afundasse, os seus dirigentes seriam os primeiros a afogarem-se". Foi este o tipo de negociação que, durante dois anos, decorreu.

5. A alteração do modelo de avaliação exige a revisão do Estatuto da Carreira Docente (
ECD)?
R.: Necessariamente… até pelo facto de o modelo se encontrar praticamente todo consagrado no ECD. Além disso, é também o ECD que estabelece a divisão dos professores em "professores" e "professores titulares", assim como as quotas de avaliação.

6: Os professores querem suspender a avaliação. Quererão, com isso, como afirmam alguns governantes, parar a avaliação?
R.: De forma alguma, daí terem afirmado que, da suspensão do modelo em vigor, não deverá decorrer qualquer vazio legal ou o recurso a actos administrativos. O modelo de avaliação imposto pelo ME é fonte de conflito nas escolas; é inadequado, incoerente, ineficaz, injusto e inaplicável. De tal ordem inaplicável que, de cada vez que se aplica, é necessário alterá-lo e simplificá-lo. Estas são razões fortes para que se exija a suspensão. E por cada dia em que se adie essa decisão é mais um dia em que a qualidade educativa, nas escolas públicas, se deteriora.

7. Mas não existia um acordo com o ME para que, este ano, a avaliação se desenvolvesse com normalidade?
R.: Não. Existe um entendimento que permitiu retirar das escolas todo este conflito no final do ano lectivo passado, que criou uma comissão paritária para acompanhamento da implementação do modelo e correcção de ilegalidades, na qual participavam os Sindicatos, e prevê um período para alteração do modelo de avaliação. Esse período é Junho e Julho de 2009, pois, em limite, o modelo de avaliação poderia desenvolver-se até esse momento. Só que a prática veio provar, mais cedo do que o ME previa, que o modelo era inaplicável devendo ser suspenso desde já. Essa é condição para que a tranquilidade regresse às escolas.

8. Porque saíram os sindicatos da comissão paritária?
R.: Porque esta acabou por não ter qualquer utilidade. Nessa comissão, o ME nunca reconheceu os problemas, tentou, quase sempre, justificar as situações anómalas que foram apresentadas e, por esse motivo, acabou por, com esse comportamento, não cumprir a sua parte no entendimento, deixando tudo por solucionar.

9. Segundo o Primeiro-Ministro, no ano anterior já foram avaliados professores por este modelo de avaliação. Isso corresponde à verdade?
R.: Não. Na verdade o modelo tinha sido suspenso, já no ano passado. Não foram avaliados cerca de 92% dos professores e os outros 8% foram-no por procedimentos tão simplificados que não se pode dizer que se lhes aplicou o modelo de avaliação.

10. A suspensão, este ano, faz sentido? Não se cairia no vazio?
R.: Faz todo o sentido, pois protege as escolas no seu funcionamento, não introduz focos de desestabilização no desempenho das funções docentes, logo não tem implicações negativas nas aprendizagens dos alunos. Não se cairia no vazio porque os sindicatos têm propostas de solução transitória para o ano em curso, evitando soluções administrativas. O ME, contudo, veta qualquer possibilidade de alteração e suspensão do actual modelo, inviabilizando a negociação das alternativas que os Sindicatos têm para lhe apresentar.

11. Por que razão os Sindicatos não entregaram essa proposta de solução transitória na reunião, no ME, no passado dia 28 de Novembro?
R.: Porque a ministra foi inflexível nas suas posições; repetiu que a suspensão estava fora de causa; reafirmou que o seu modelo era ajustável, mas não alterável; confirmou que as quotas e a divisão da carreira dos professores eram aspectos inegociáveis; em algumas reuniões, acusou os Sindicatos de não agirem de boa-fé e de não quererem qualquer avaliação; reiterou não haver escolas com a avaliação suspensa; afirmou que os Sindicatos não estavam a representar as posições dos professores...

12. Mas, segundo tem dito o ME, há disponibilidade para negociar. Haverá?
R.: Dificilmente. A "negociação" teve início no dia 28 de Novembro e, no entanto, desde 25 que o Ministério fez chegar às escolas informações sobre as medidas que adoptou, para além de reunir com órgãos de gestão e coordenadores de departamento para os instruir sobre essas medidas. Ou seja, são medidas que antes de o serem já o são…... Esta postura ministerial é lamentável, pois estão a ser dadas orientações ao arrepio das da lei.

13. Sendo assim, as Greves de Dezembro, designadamente a de 3 de Dezembro, terão uma grande importância?
R.: É verdade, uma importância máxima! Os professores têm procurado não prejudicar os alunos e protestam, de há dois anos a esta parte, sempre ao fim de semana ou ao fim do seu dia de trabalho, mas a sua voz parece não ter sido ouvida. O ME e o Governo não souberam interpretar, como deveria, as evidências da indignação dos professores, como não souberam ou não quiseram escutar as suas propostas. Hoje o conflito está muito mais agravado e obriga o Governo a criar condições para que se construa uma solução de consenso que tenha, como pressuposto, a suspensão do modelo de avaliação. A Greve de 3 de Dezembro será um grande momento de protesto e confirmação das posições dos professores!