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O primeiro-ministro, José Sócrates, elogiou hoje a forma como a ministra da Educação resistiu às dificuldades e incompreensões, considerando lamentável a atitude da oposição que diz que o Governo está apenas a trabalhar para as estatísticas |
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«Valeu a pena resistir, não desistir, enfrentar as dificuldades. Este é o caminho para o sucesso», afirmou José Sócrates, no encerramento da cerimónia de apresentação do relatório da OCDE sobre política educativa para o primeiro ciclo (2005-2008).
Fazendo rasgados elogios à ministra da Educação, o primeiro-ministro recordou as «dificuldades» e incompreensões que as políticas de Maria de Lurdes Rodrigues tem enfrentado ao longo dos últimos anos, concluindo que «valeu a pena».
«Que dificuldades, que incompreensões. Foram quatro anos de governação difíceis, mas valeu a pena», salientou, felicitando directamente Maria de Lurdes Rodrigues pelos resultados.
«Foi um gosto trabalhar consigo», acrescentou, lamentando que seja preciso «alguém vir de fora», como os técnicos estrangeiros que elaboraram o relatório da OCDE, para dizer «bravo».
Na sua intervenção, José Sócrates deixou ainda duras críticas à oposição, lamentando que diga que o Governo está apenas a trabalhar para as estatísticas.
«Que pobreza de debate político, que lamentável a atitude dos partidos políticos de dizerem que lá está o Governo a trabalhar para as estatísticas, como se as estatísticas não fossem importantes», criticou, enfatizando que prefere a existência da medição do sucesso das medidas à «ausência de medição».
Ainda a propósito das críticas que a oposição faz às políticas e medidas do Governo, o primeiro-ministro recordou a «controvérsia» que os computadores Magalhães foram alvo.
«Se soubessem as críticas, as controvérsias», disse, dirigindo-se aos técnicos que apresentaram o relatório da OCDE.
Contudo, acrescentou, porque as reformas que foram desenvolvidas estão a produzir resultados, o Governo vai continuar no mesmo caminho, já que «a política educativa é um trabalho sem fim».
«Foi preciso resistir muito», insistiu, lembrando que «não há um caminho fácil, nem há atalhos», mas que para um Governo de esquerda como o seu, a Educação é «uma batalha central».
Falando depois da ministra da Educação, José Sócrates recordou ainda algumas das reformas levadas a cabo nos últimos anos no primeiro ciclo, como o encerramento de escolas com poucos alunos e sem condições, o alargamento do horário de funcionamento dos estabelecimentos ou a introdução do inglês.
«Foi uma reforma muito importante para este Governo, como foi para mim», declarou.
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