Em declarações à Lusa, Mário David Soares, primeiro subscritor da lista, adiantou que o objectivo é "discutir em profundidade" o estatuto da carreira dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.
Os dez professores que encabeçam a lista desta iniciativa legislativa de cidadãos pretendem, em pouco tempo, conseguir recolher as 35 mil assinaturas de eleitores necessárias para obrigar à discussão parlamentar do estatuto da carreira docente.
"A nossa ideia é arrancar já nas escolas", sustentou o professor.
Mário David Soares admitiu ter as assinaturas necessárias "a breve prazo".
Segundo referiu, este "movimento regional" gostava que "a própria Fenprof (Federação Nacional dos Professores) agarre esta iniciativa como sua".
Os subscritores estão contra três vectores do estatuto, designadamente "a divisão da carreira em dois, a prova de ingresso obrigatória para novos professores e a avaliação de desempenho", acrescentou Mário David Soares.
Segundo referiu o professor, o objectivo é ver alterada a questão da dupla carreira de professores, uma vez que existe uma só profissão, bem como alterada a forma como se pretende fazer a avaliação do desempenho.
"Somos a favor da avaliação, mas não nestes moldes", criticou.
O grupo de professores, que integra uma lista que concorre à direcção do Sindicato dos Professores do Norte (SPN), membro da Fenprof, cujas eleições decorrerão a 13 de Maio, entende ainda que não faz sentido obrigar os novos docentes a efectuar uma prova de ingresso, uma vez que durante todo o percurso académico já foram sujeitos a muitos testes.
JAP.
Lusa/02 de Maio de 2008
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