segunda-feira, abril 21, 2008

(recebido por mail)

Aos membros da lista

Por razões de ordem pessoal, só hoje reajo aos últimos comentários relativos ao dia D.

Como já aqui referi, foi-me difícil engolir as duas decisões tomadas no fim da passada semana (para não falar no resto) que não deixam de ser duas derrotas para a nossa luta: a aprovação do novo modelo de gestão e a aceitação do modelo de avaliação no próximo ano lectivo.
Sendo a primeira mais grave, todos nós temos consciência de toda a perversidade que a segunda contém e da forma como irá contribuir, a curto prazo, para arruinar de vez o ambiente nas escolas.
Consigo compreender que o entendimento da plataforma com o ME evitou problemas a muitos dos nossos colegas, não só os contratados, como também a todos aqueles que já estavam a ser vítimas de alguns conselhos executivos, estando a ser já sujeitos a aulas assistidas.

Mas não posso deixar de responsabilizar a plataforma por:

- ter-se remetido ao silêncio durante longos meses e pouco mais ter feito que convocar greves simbólicas, não tendo ouvido as bases em momentos decisivos como, por exemplo, no caso do concurso de professores titulares, da discussão do novo modelo de gestão e tudo o que veio por arrasto;
- fazer passar nos meios de comunicação que um "acertar passo" das escolas foi uma grande vitória, que o conflito estava ultrapassado e as negociações concluídas;
- esquecer que ela própria convocou um dia de debate nas escolas para quatro dias depois e que esse dia foi depois transformado numa sessão de esclarecimento, em que pouco tempo sobrou para debate, se é que nalguma escola o houve (falo pela minha escola, das outras não sei).

Posso entender perfeitamente as razões do F. S. e do M. B. e até consigo concordar com elas até certo ponto. Não concordo, porém, que se diga que as pessoas que estão contra o "entendimento" o façam por motivos de ordem pessoal. Quem participou na marcha de 8 de Março não o fez só pela avaliação, mas, se alguém o fez, não o terá feito só por motivos egoístas.

Idiota útil ou não, não me parece bem que se acuse de divisionismo os professores que nos tempos recentes mais contribuíram para a nossa união. Estes últimos não são certamente culpados dos desvios que os sindicatos juntamente com a CGTP (recorde-se, mais uma vez, o discurso de Carvalho da Silva na Praça do Comércio), acabaram por dar à nossa luta.

Por considerar que essa união se deve manter, gostava de lembrar o que a Amélia escreveu há dois dias no sentido de:

"1. Exigir dos sindicatos que conversem não só com os seus sócios mas com os movimentos cívicos que despoletaram a luta por objectivos claramente assumidos em 8 de março, na marcha.
2. Que se entendam uns e outros e se respeitem
3.Que acordem em objectivos comuns e exijam então novas negociações (ainda que uns e outros tenham de sacrificar as férias)
4. Que definam também em comum, formas de luta viáveis e eficientes."

Enfim, só quero dizer que tenho estado calada, mas NÃO DESISTI.

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