(recebido por mail)
Colegas,
A verdade, a confirmar-se a notícia do Expresso de hoje, vem sempre ao de cima.
Os professores foram usados como moeda de troca para negociações mais vastas da CGTP: citamos do Expresso "Carvalho da Silva foi sensível à argumentação do primeiro-ministro, talvez "sugestionado" pelo facto de estar em curso a revisão do Código laboral - de resto uma das prioridades na agenda que a CGTP deixou em São Bento - e de os sindicatos, participando na solução, ganharem a médio prazo créditos sobre o Governo."
Os sindicatos venderam os professores por créditos para outras batalhas! A ser verdade, há gente que não tem vergonha na cara!
NOTÍCIA DO EXPRESSO, JÁ COLOCADA NO BLOGUE
"No dia 29 de Março, na altura do Governo Presente em Viseu, o ministro do Trabalho telefonou a Manuel Carvalho da Silva pedindo-lhe um encontro, que acontece no gabinete do ministro. Tinham passado 11 dias sobre o encontro da delegação da CGTP com o primeiro-ministro, em S-ao Bento, onde a guerra na Educação fora aflorada. Os cem mil manifestantes que se juntaram no Terreiro do Paço foram a almofada necessária para que Carvalho da Silva pedisse "uma saída para este conflito", sem a qual, terá deixado claro, não haveria possibilidade de acalmar todos os outros sectores. Sócrates, por seu lado, não deixou passar a oportunidade de ter pela frente o líder sindical para solicitar a sua intervenção na resolução de um problema que, a agudizar-se, não traria senão prejuízos para ambas as partes.
Carvalho da Silva foi sensível à argumentação do primeiro-ministro, talvez "sugestionado" pelo facto de estar em curso a revisão do Código laboral - de resto uma das prioridades na agenda que a CGTP deixou em São Bento - e de os sindicatos, participando na solução, ganharem a médio prazo créditos sobre o Governo.
Os recados estavam dados e o Governo passou à acção. Vieira da Silva foi o mandatário da tentativa de aproximação entre professores e Ministério. Reuniu, primeiro, com o dirigente da Inter. Depois, solicitou a sua ajuda para conseguir chamar ao Ministério o líder da Fenprof e porta-voz da plataforma de 14 sindicatos dos professores em guerra com a ministra. Mário Nogueira juntar-se-ia no dia 31 ao encontro com Carvalho da Silva e com o ministro do Trabalho. Faltava a tarfe mais difícil, a de juntar ao "grupo" a própria ministra da educação. Mas Maria de Lurdes Rodrigues viria logo, no dia 2 de Abril, ao gabinete do seu colega do Trabalho. Sozinha, dispensando a presença dos seus secretários de Estado, chegou ao Ministério de Vieira da Silva.
E, assim, se quebrou um jejum que durava desde Novembro de 2005, altura em que deixou de participar nas reuniºoes com os sindicatos, delegando os pdoeres ora em Valter Lemos, ora em Jorge Pedreira. Era um sinal político importante e fontes governamentais ouvidas pelo Expresso confirmam que a chave para o desbloqueio do impasse veio de dentro do próprio Executivo."
em Expresso, 19 de Abril de 2008
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