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quarta-feira, março 11, 2009

Coordenação de escolas Oeiras/Cascais: reunião 11/03, 17h30 - Alto da Barra

Reunião de Coordenação de escolas dos Concelhos de Oeiras e Cascais

4ª feira, 11 de Março de 2009, às 17h 30

EB2,3 de São Julião da Barra (Av. D. João I, em Oeiras – junto ao Tribunal)


Cara(o) colega,


As exigências dos professores e educadores continuam claras e firmes.

A força da unidade em torno dessas exigências continua a manter numa mesma “plataforma sindical” todos os dirigentes sindicais, tanto da UGT como da CGTP.

No entanto, o movimento prático dos docentes parece estar num impasse, perante um Governo que prefere ameaçar com uma crise política a aceitar suspender o nó górdio de toda a sua contra-reforma: “avaliação” / divisão / destruição das condições básicas do processo de ensinar e qualificar.

O que fazer? Como poderão os professores reapropriar-se do seu movimento?

Que contribuição poderá ser dada pelo Encontro de professores de Leiria, do próximo dia 14, que vá neste sentido?

Para podermos discutir sobre uma iniciativa que possa ser de utilidade para este Encontro, propomos esta reunião do dia 11 de Março.

Além deste ponto, esta reunião deverá aprovar uma Carta de professores e educadores do Concelho de Oeiras dirigida aos trabalhadores que participarem na manifestação da CGTP de 13 de Março, conforme foi proposto na reunião da Comissão de Defesa da Escola Pública (CDEP), do passado dia 4 de Março.

Saudações fraternas

Carmelinda Pereira (em nome da CDEP)

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Convite para participação em reunião de professores em luta

Caros colegas,
(...) Venho convidar-vos a participar numa reunião nesta próxima sexta-feira (dia 20), pelas 21 h, na Escola 2/3 D. Carlos I em Sintra (perto dos bombeiros).

Não sabemos ainda se o Octávio do PROmova conseguirá assegurar um espaço em Gaia para um encontro nacional de professores para o dia 28. Seja como for, e porque há temas importantes para debater, decisões a tomar e iniciativas a realizar, é de toda a conveniência que participemos nesta reunião de Sintra. Deixo aqui alguns dos assuntos que interessa discutir:
- O que fazer face aos sinais de fragmentação da Plataforma Sindical e às informações que circulam por aí segundo as quais alguns sindicatos se preparam para assinar acordos com o Ministério da Educação à revelia de outras estruturas sindicais (nomeadamente da Fenprof)?
- O que fazer para dar continuidade e concretização, em termos de luta judicial, à iniciativa do parecer jurídico do Garcia Pereira?
- O que fazer com os milhares de professores que se recusaram a entregar os objectivos individuais?
Ficamos à vossa espera, e à espera dos vossos contributos, no dia 20 em Sintra.
Um abraço,
Mário Machaqueiro

quarta-feira, novembro 05, 2008

Estratégias de Luta (para que o pós-8/Março não se repita!)

In http://educarresistindo.blogspot.com/2008/11/eu-vi-um-sapo.html

Após o meu último post, 48 horas, em que reflectia sobre a dinâmica que o 15 de Novembro perdera por culpa de uma má gestão comunicacional, há que reflectir sobre as estratégias que os movimentos de professores, organizados ou apenas como elementos colectivos de uma escola ou agrupamento, devem, na minha opinião, considerar para que erros e más fortunas do pós 8 de Março não se venham a repetir:


1. Ter em mente que o INIMIGO A DERROTAR é o Ministério da educação, a sua ministra e, sobretudo, as suas políticas de aviltamento dos professores e de progressiva destruição da escola pública;


2. Não esquecer que as direcções sindicais PACTUARAM e FORAM SUPORTE DE VIDA de uma ministra quase em fase de fim de prazo de validade, ao assinarem um VERGONHOSO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO;


3. Nestes contextos importa não só mostrar força perante o inimigo principal mas também estar atento a manobras de gabinetes que venham a ocorrer.


4. Por isso, é importante:

- UMA GRANDE MANIFESTAÇÃO NO DIA 8 para mostrar ao Governo que os professores defendem a sua dignidade, a sua profissionalidade e a Escola Pública, como referencial de cidadania;


- ORGANIZAR PLENÁRIOS DISTRITAIS NO DIA 15 DE NOVEMBRO, para avaliar a situação decorrente da luta e continuar a pôr pressão sobre Governo e direcções sindicais.


Se isto fizermos, se formos consequentes e não apenas acomodados, poderemos vencer.


Se nada fizermos, nem sequer merecemos que nos chamem professores.

sexta-feira, março 21, 2008

COMO PODEM OS PROFESSORES DERROTAR ESTA LEGISLAÇÃO?

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

COMO PODEM OS PROFESSORES DERROTAR ESTA LEGISLAÇÃO

Nota Introdutória

Colegas, ao longo da marcha da humanidade, desde a antiguidade, ficou demonstrado que a inteligência vence sempre a força bruta, a arrogância e a prepotência. Mesmo quando esta força bruta consegue alguma pretensa vitória, ela é sempre efémera e os valores de justiça e solidariedade acabam por se impor.

100 000 professores manifestaram-se no dia 08 de Março de 2008, numa “marcha da indignação” contra um governo e uma equipa ministerial que, desde 2005, nada mais tem feito que desvalorizá-los, humilhá-los, desautorizá-los e manipular a opinião pública contra eles.

Nunca os verdadeiros interesses do Ensino Público, da qualificação, da formação e da valorização dos recursos humanos foram o principal objectivo desta equipa ministerial e deste governo.

É hoje notório que este ministério da educação foi empossado com dois objectivos políticos prioritários: o primeiro, era o de criar mecanismos administrativos que impedissem a maior parte dos professores de progredir na carreira, e, portanto, poupar milhões e milhões de euros aos cofres do estado; o segundo, era o de criar uma máquina propagandística que fizesse crer à opinião pública que o insucesso estava a diminuir drasticamente devido à sua acção, o número de alunos estava a aumentar nas escolas e por último que se apostava em grande na qualificação dos recursos humanos.

Nada mais falso… O insucesso não diminui por decreto. Assim como os acidentes rodoviários nunca diminuirão por decreto, mas antes pelo aumento da educação e civismo dos cidadãos, aliados a medidas de prevenção rodoviária ao longo de dezenas de anos. Também o insucesso escolar é fruto entre outros, do tipo de formação cultural e da estrutura socioeconómica da nossa população. Querer resolver o insucesso escolar em três ou quatro anos é mera questão propagandística que se baseia numa pressão intolerável sobre os professores, para que estes, administrativamente, acabem com ele.

As estatísticas podem dizer que o insucesso está a diminuir, mas o conhecimento, a educação, os valores e a civilidade estão claramente num plano inclinado descendente, nas nossas escolas e na sociedade, porque essas não são as prioridades deste ministério nem deste governo.

Relativamente ao aumento do número de alunos nas escolas, ele é meramente conjuntural, e, se bem que muito positivo, ele não representa uma vaga de fundo que contrarie o abandono escolar por motivos económicos e educacionais, cujas causas não estão na escola, mas na sociedade e nos seus graves problemas.

Quanto à qualificação dos recursos humanos, o exemplo de toda a falsidade da política deste governo e deste ministério são as “Novas Oportunidades”. Não há, nem nunca houve, maior traficância de habilitações literárias em Portugal, do que o programa “Novas Oportunidades”.

Dezenas de milhares de portugueses com a antiga “quarta classe” ou pouco mais do que isso, são habilitados com o nono ano, em apenas três meses. Nada de transcendente aprendem que verdadeiramente os qualifique, mas preenchem as estatísticas que em 2009 serão exibidas em época de eleições, como um passo fundamental no progresso futuro do país… Ó Portugal que tão mal vais…

Mas o que se passa nas “Novas Oportunidades” a nível do secundário é muito mais grave. Dezenas ou centenas de milhar de candidatos provenientes das “Novas Oportunidades” do terceiro ciclo, lançam-se na aventura de conseguirem o diploma do décimo segundo ano. É legítimo. Pois se fazer o terceiro ciclo foi tão fácil porque não continuar?

O problema reside, mais uma vez, em que nada de importante e qualificante (excepto nos de dupla certificação) é fornecido a estes candidatos, e eles lá vão escrevendo as suas histórias de vida, onde, muito a custo, os formadores vão descortinando as mais bizarras competências que lhes atribuirão o 12º ano.

São estas as coroas de glória desta ministra e deste governo???

Nós que estamos por dentro deste processo dizemos… “que DEUS nos acuda”.

A actual legislação sobre a avaliação dos professores não é um fim em si mesma, ela é, apenas, um elo de uma cadeia legislativa que começou com o estatuto da carreira docente e tem por fim último, com dissemos atrás, impedir a maioria dos professores de progredir na carreira.

Depois da marcha da indignação, Sócrates assustou-se e reorganizou a estratégia. A ministra politicamente está morta, no entanto, enquanto cadáver político, ela está incumbida de levar até ao fim a missão de aplicar, na prática, estes diplomas, depois … irá à sua vida….

As instruções foram para que o discurso fosse “adocicado”, parassem os insultos públicos à classe docente (havia que calar Valter Lemos), ceder em questões pontuais de pouca importância e manter inalterável o núcleo duro da avaliação, custe o que custar.

Nós, professores, consideramos fundamental a avaliação. Fazemos ponto de honra disso. Ela é um instrumento crucial de valorização e de reafirmação da qualidade do nosso trabalho.

Somos os primeiros a exigir uma avaliação digna, isenta, rigorosa, valorativa e formativa na perspectiva da ultrapassagem de dificuldades.

Mas como todos já percebemos… a ministra não cede…nem cederá(???)

A sua estratégia é simples… e pretensamente eficaz!!! Atribuir ás escolas e aos professores a responsabilidade de se auto e hetero-avaliarem (diria talvez, se auto e hetero-crucificarem).

A estratégia é velha e já foi aplicada no estatuto da carreira docente. Dividir para reinar. Ela ficará de fora, cantando e rindo e, em 2009, com uma classe profissional, das mais qualificadas que existe no país, completamente esfrangalhada, dirá “…estão a ver que afinal não custou nada, eu afinal é que tinha razão!!!”

Como aliás diz das aulas de substituição, com a sua infindável demagogia, que só não engana quem está dentro do sistema e sabe bem o que por cá se passa.

Os sindicatos, forças importantes na condução da luta dos professores, estão a chegar a um beco sem saída, onde as alternativas escasseiam.

Resta-nos a nós, professores, num quadro de unidade continuar a luta que iniciámos com as manifestações e que podemos levar mais longe duma forma eficaz.

QUE ESTRATÉGIA ADOPTAR ?

A mesma que Gandhi adoptou contra o todo poderoso Império Britânico, aplicando o célebre princípio… “contra a força… haja resistência… passiva”.

Ou seja:

1º. A ministra quer que sejam as escolas a criar os seus próprios instrumentos de avaliação…

2º. Que sejam as escolas a adoptar os seus próprios calendários…

3º. Que sejam professores a avaliar outros professores…

ESTRATÉGIA:

1º. Braços caídos… nada fazer…

2º. Protelar indefinidamente a elaboração dos materiais

3º. Negar-se a avaliar…

4º. Negar-se a ser avaliado desta forma…

5º Criar um ambiente de calma nas escolas… Deixar que seja a ministra a enervar-se…

6º. Deixar que tudo vá correndo sem que nada seja feito…

7º. Resistência passiva…sempre… sempre…sempre…

Que pode a ministra fazer, fazer-nos?

Instaurar processos disciplinares a 140 000 professores? Assim seja!!!

Esta é a minha proposta.

Aplicar os princípios de Gandhi a esta avaliação.

NOTA FINAL

Chamaria a atenção para aqueles “colegas” que “mais papistas que o papa” querem mostrar serviço, desejosos que reparem neles, provavelmente esperançados em benesses em futuras directorias das escolas, ou quem sabe, em futuros cargos políticos, sabe-se lá... O seu entusiasmo em fazer cumprir aquilo que está errado e que afronta toda a classe, não é um bom exemplo pedagógico e, já agora, lembrar-lhes-ia o episódio da História das Guerras Lusitanas, quando aqueles que, por meia dúzia de moedas, assassinaram Viriato à traição, as foram receber junto do Senado Romano, lhes foi dito que “…Roma não paga a traidores”. Para bom entendedor…

Francisco da Silva

Professor

francis1000.silva@gmail.com