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sexta-feira, abril 03, 2009

Uma professora a propósito da ausência de mobilização

Não sou sindicalizada e, por essa razão, não me sinto com autoridade para julgar o comportamento dos sindicatos. Mas sou professora e ainda não consegui deixar de me espantar com a falta de reacção imediata de todos os professores face às afrontas de que temos sido alvo. Perante uma notícia destas era de esperar que todos nos plantássemos em vigília sine die diante do Agrupamento de Escolas de Santo Onofre. Será possível que cada um vá de férias assobiando para o lado na esperança cobarde que o fogo não chegue à sua palhota? Com ou sem sindicatos não temos capacidade para reagir - nem que seja por impulso - a uma cretinice desta monta? Não somos nós professores? Atitudes e valores não contam na avaliação que cada cidadão deve a si próprio?

No Umbigo apareceu uma proposta mas não me parece que a reacção seja significativa ...
"O tema do post foi desaguando em delta e já se vai perdendo o braço principal. Afinal, organizamo-nos para uma vigília frente ao agrupamento de Santo Onofre, ou vamos para férias cantando e rindo?"

http://educar.wordpress.com/2009/03/31/santo-onofre-no-publico/#comment-212484

(recebido por mail)


quarta-feira, dezembro 10, 2008

Depois do cancelamento das Greves Regionais, o que fazer?

ÀS 14h30 de ontem (5 de Dezembro) cheguei ao local da vigília, frente ao ME. Na mesma altura também chegava à 5 de Outubro um antigo dirigente com cargos de responsabilidade no SPGL/FENPROF e que, por via de entretanto ter ido leccionar para a área geográfica do SPN/FENPROF, nele se filiou, pertencendo hoje à sua Direcção.

Este dirigente - um militante do PS que apoiou a Lista de Manuela Mendonça, derrotada pelo IX Congresso Nacional da FENPROF - quando por mim questionado acerca do ponto da situação, logo me informou que, das 11 organizações sindicais integrantes da Plataforma, 6 delas já se tinham pronunciado pelo cancelamento das greves regionais agendadas, pois as informações que chegavam das escolas, francamente desanimadoras, criavam um risco real destas greves registarem baixa adesão e poderem ser o flop que logo o ME exploraria mediaticamente dizendo que os professores finalmente tinham entendido a manipulação de que estavam a ser alvo pelos sindicatos e partidos da oposição (ver votação de ontem na AR). Mais me disse o referido dirigente do SPN/FENPROF que a decisão do cancelamento também já tinha sido tomada pelo Secretariado Nacional da FENPROF (SN). Aqui manifestei estranheza, pois a reunião do SN tinha-se acabado de iniciar às 14h (meia hora antes, portanto) na sede da FENPROF.

O que se veio a passar depois já é conhecido de todos.

A posição desconfortável do ME (pelo seu crescente isolamento político e social) e da Plataforma (receosa da baixa adesão às greves regionais) ditou um recuo táctico de ambas as partes. Acredito até que este recuo mútuo e os termos em que foi feito tenha sido previamente "consensualizado" entre as partes fragilizadas, numa espécie de "acordo de cavalheiros" - para salvar a face, publicamente, às duas.

Assim, os dirigentes da Plataforma, puderam ontem à noite declarar que este cancelamento e a reunião negocial do dia 15 de Dezembro, de agenda aberta e de mesa negocial única, representaram um desbloquear da situação e uma primeira cedência do ME face à Greve a 94% do passado dia 3. E o ME pôde anunciar que este passo provava a sua abertura ao diálogo e a sua disposição para substituir o seu modelo por outro.

Mas a fragilidade extrema e o desespero políticos da moribunda equipa da 5 de Outubro levou Jorge Pedreira ao fim da noite de ontem a quebrar este pacto, anunciando (ver declarações à SIC) que a suspensão está fora de causa e as alterações, a verificarem-se, só terão lugar no próximo ano lectivo (sobre isto ver também o e-mail de ontem da DGRHE). Estas declarações públicas além de colocar em maus lençóis o SG da FENPROF e porta-voz da Plataforma - que ainda na véspera da Greve Nacional de dia 3 tinha jurado a pés juntos que não negociariam com o ME enquanto não fosse suspenso este modelo de avaliação - lançaram a suspeição e algum desânimo na classe docente.

Resumindo: ao contrário que já sucedeu no passado (1989 e 2001) estamos nitidamente em presença de dois adversários que, por fragilidades mútuas, acordaram uma trégua táctica de 8 dias, e não de nenhuma "traição", como clamam alguns colegas mais exaltados e certamente menos conhecedores destes contornos político-sindicais.

Perante isto o que a Classe deve fazer? Como "só" as greves regionais foram canceladas, mantendo-se intacta a restante agenda de acções reivindicativas (com destaque para a Greve Nacional de 19 de Janeiro) deve a classe docente manter-se vigilante e mobilizada nestes dias que decorrerão antes da reunião negocial de 15 de Dezembro - reunião que não deve acrescentar nem trazer novidades de monta ao processo.

A bola, entretanto passou de novo para as escolas. Pelo que assume importância vital a participação massiva dos Professores nas reuniões sindicais nas escolas ontem anunciadas para dia 11 pelo porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira.

Também é imprescindível a continuação da tomada de posição de escolas contra este modelo, bem como a sua suspensão na prática, pelos professores ou pelos órgãos de gestão. Neste quadro complexo da nossa luta, o encontro Nacional de Escolas em Luta, hoje a decorrer em Leiria, bem como outras movimentações organizativas espontâneas de professores e escolas em luta ganham também redobrada relevância. É absolutamente necessário matar no ovo, por todos os meios, possíveis veleidades, venham elas donde vierem, que coloquem no horizonte qualquer novo “entendimento” com o ME, que seria o golpe mortal desferido em toda a classe e na sua luta. Por respeito aos 120 mil e aos 20 mil que estiveram nas ruas de Lisboa dias 8 e 15 de Novembro. E sobretudo por respeito aos 132 mil que pararam no passado dia 3 de Dezembro.

VIGILÂNCIA E MOBILIZAÇÃO TOTAL DA CLASSE!

A LUTA CONTINUA!


Paulo Ambrósio

- sub-coordenador da Frente de Professores e Educadores Desempregados do SPGL/FENPROF
- membro do Grupo de Trabalho da Precariedade e Desemprego Docente da FENPROF

quinta-feira, dezembro 04, 2008

CDEP - momento de reflexão: a luta dos professores é a de todos nós

Próximas acções:

Vigília em frente ao Ministério da Educação

Início às 10h do dia 4, até às 22h do dia 5. animated_candle.gif

Não deixem de marcar presença e de levar e passar a mensagem aos vossos contactos.

Vigília de 4 e 5 de Dezembro frente ao ME
Proposta de organização

Comunicação à Câmara Municipal de Lisboa e ao Governo Civil de Lisboa – Feito pela FENPROF, com cumprimento dos prazos legalmente estabelecidos.

Marcação de reuniões sindicais para efeito de eventuais justificações de faltas ao abrigo da lei sindical – Cada Sindicato deve fazer as suas (SPGL marca duas – uma, dias 4 e 5 das 8.00 h às 16.00 h e outra, dias 4 e 5 das 16.00 h às 23.00 h, pode servir de matriz às outras convocatórias – vamos mandar modelo para os SP's).

Catering para quinta à noite e noite de quinta para sexta – tratado pelo SPGL (sopa de legumes, frangos….)

Permanências e momentos fortes:

Dia 4 (quinta feira)

8.30 h
– Início da montagem das estruturas de apoio à vigília (2 tendas relativamente grandes, WC's amovíveis, etc.)

10.00 h – Início, com presença dos sindicatos de Lisboa e do Centro do país

11.00 h - Intervenção de dirigentes da Plataforma Sindical

Permanência em Vigília de Professores e Educadores da Região Centro e da Grande Lisboa e Vale do Tejo

Toda a tarde e parte da noite
Permanência em Vigília de Professores e Educadores da Região Centro

16.00 h – Animação Musical com Luís Miranda e João Queirós [canto livre]

17.00 h – Intervenções de dirigentes da Plataforma

17.30 h – Declarações de deputados da Assembleia da República dos Grupos Parlamentares de "Os Verdes", Bloco de Esquerda, Partido Popular, Partido Comunista Português, Partido Social Democrata e Partido Socialista

Noite
Permanência toda a noite e madrugada de dirigentes sindicais e activistas de todas as regiões do pais

Dia 5 (sexta-feira)


10.00 horas
– Início, com presença dos sindicatos de Lisboa e do Sul do país

Toda a tarde e parte da noite
Permanência em Vigília de Professores e Educadores do Norte e do Sul

17.00 h – Intervenções de dirigentes da Plataforma. Anúncio das acções a decorrer na semana de 8 a 12 de Dezembro.

22.00 h – Encerramento – Com presença de todos os dirigentes da Plataforma