A LUTA TEM DE SER COM TODAS AS ARMAS
Caro colega,
Em anexo segue uma carta aberta à plataforma sindical (e em especial à
Fenprof) dos professores da Escola Secundária de Lousada que já foi
enviada por mail.
Foi enviada, ainda, uma carta por correio normal, para a sede do
sindicato, com as assinaturas que foi possível recolher nos últimos
dias na nossa escola.
O nosso objectivo é tão só fazer chegar aos Sindicatos o nosso
descontentamento e desilusão pelo rumo seguido pela plataforma
sindical de abrandar as formas de luta nesta altura.
Envio o anexo com a referida carta, dando-vos liberdade para que a
divulguem, caso considerem pertinente.
[Identificação]
(em nome da maioria dos professores da Escola Secundária de Lousada)
http://mobilizacaoeunidadedosprofesso res.blogspot.com/2009/05/luta- tem-de-ser-com-todas-as-armas. html
Professores da Escola Secundária de Lousada contestam formas de luta
propostas pela Plataforma Sindical
Os professores da Escola Secundária de Lousada vêm, por este meio,
apresentar a sua total discordância com o enfraquecimento das formas
de luta previstas para o final do ano lectivo, apresentadas pela
Plataforma Sindical.
Pertencemos a uma escola secundária que talvez seja caso único no
país, pois dos cerca de 140 professores somente um solicitou aulas
assistidas e entregou objectivos individuais. Temos agido de forma
unida e coerente: fomos às duas manifestações nacionais e a adesão às
duas greves foi sempre acima dos 97%.
Consideramos (e fizemos saber ao nosso delegado sindical da Fenprof)
que as formas de luta têm de ser radicalizadas e NUNCA atenuadas,
sobretudo nesta altura do ano lectivo e neste período político (época
pré-eleitoral).
Entendemos que nova manifestação ao sábado é totalmente desadequada,
dado que já fizemos duas com números de adesão assombrosos e nada foi
conseguido. O mesmo ocorreria se se realizasse greve de um dia (e mais
se revela totalmente descabida e anedótica a realização de
paralisações por dois tempos lectivos – o que nos remete para a
pergunta: se duas greves com adesões de cerca de 90% em dois dias não
surtiram efeito, o que leva os sindicatos a pensarem que uma
paralisação por dois tempos provocará alguma mudança? É como esperar
que um doente que precisa de penicilina, se cure apenas com benuron…)
Com efeito, os professores da Escola Secundária de Lousada (e estamos
em crer que a esmagadora maioria dos professores) não se revêem no
abrandamento das formas de luta. Como tal, não participarão nem na
pseudo-greve de dois tempos lectivos prevista para o dia 26 de Maio,
nem na manifestação masoquista “para Lisboeta ver” no dia 30 de Maio.
É que, ou se luta com as armas todas, ou então, sentemo-nos a
descansar que bem precisamos por esta altura…
Professores da Escola Secundária de Lousada
Lousada, 7 de Maio de 2009
Assinaturas:
quarta-feira, maio 27, 2009
Lousada: Tomada de posição em relação às formas de luta
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Reunião da ministra com conselhos executivos terminou sem acordo
http://jn.sapo.pt/
Os representantes dos 139 conselhos executivos que sábado pediram a suspensão da avaliação de desempenho dos professores afastaram o cenário da demissão em bloco, apesar da sua reinvindicação não ter sido atendida no encontro desta quinta-feira com a ministra.
"Apresentámos o pedido de suspensão, mas a ministra mantém-se irredutível. Ouviu-nos, mas continua a assegurar que este modelo simplificado é para aplicar", afirmou Maria do Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra.
Perante a falta de acordo com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, os 139 presidentes de Conselhos Executivos voltarão a reunir a 7 de Fevereiro, provavelmente em Coimbra, onde esperam juntar ainda mais colegas à iniciativa.
No entanto, os responsáveis das escolas afastam a possibilidade de uma demissão em bloco, uma decisão que chegou a ser equacionada no encontro que decorreu no passado sábado em Santarém.
"A demissão em bloco de professores que foram eleitos pelos seus colegas para os representar não iria resolver qualquer problema. Seria antes uma traição aos professores que os elegeram", acrescentou.
"À saída do encontro com a ministra da Educação, Maria do Rosário Gama sublinhou que este grupo "está ao lado dos professores", ao contrário de presidentes de conselhos excutivos de outras escolas, cuja posição "não é coincidente" com a dos docentes que os elegeram.
Apesar de continuarem a reinvindicar a suspensão do processo, alegando que essa é a única solução para ultrapassar o "clima de intranquilidade que continua a viver-se nas escolas", os presidentes dos conselhos executivos afirmam que pouco podem fazer para parar a aplicação do modelo.
"Por nós não podemos fazer muita coisa. Os professores é que podem. Nós teremos de fixar o calendário [da avaliação], mas os professores podem, ou não, entregar os seus objectivos individuais", lembrou Rosário Gama.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Reunião Plataforma/ME acada no mais completo «desacordo»
SOL, 11 de Dezembro de 2008
Reunião de Ministério e sindicatos acaba em «desacordo»
Por Margarida Davim
«O desacordo foi evidente, foi completo», resumiu Mário Nogueira, à saída da reunião entre a Plataforma Sindical e o Ministério da Educação. Os sindicalistas acusam Maria de Lurdes Rodrigues de não aceitar alterações ao seu modelo de avaliação do desempenho e anunciam que a luta dos docentes vai continuar nas escolas
O encontro estava marcado para negociar o modelo de avaliação do desempenho dos professores, mas acabou por servir apenas para cada uma das partes reafirmar a sua posição.
Do lado do Ministério da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues foi clara ao negar a possibilidade de suspender a avaliação. Do lado dos sindicalistas, repetiu-se a ideia de que este processo está «a perturbar a actividade das escolas».
«O desacordo foi evidente, foi completo», assumiu Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas, à saída da reunião.
O líder da Plataforma Sindical apelou aos professores para que «continuem a sua luta nas escolas» e anunciou que – além da greve já agendada para o dia 19 de Janeiro – os sindicatos irão distribuir pelas escolas um «manifesto pela suspensão da avaliação» e organizar uma «jornada nacional de reflexão e luta em todas as escolas» no dia 13 de Janeiro.
Nogueira explicou que os sindicatos levaram ao Ministério uma proposta de sistema transitório de avaliação do desempenho para aplicar este ano lectivo. Esse modelo consiste numa auto-avaliação, num dossier com os trabalhos do professor – entre os quais a planificação de aulas e os testes – e numa hetero-avaliação, conduzida pelo conselho pedagógico e pelo conselho executivo de cada escola.
Do lado do Governo, encontraram a posição que o secretário de Estado Jorge Pedreira já tinha anunciado: a avaliação não será suspensa.
«São posições verdadeiramente contraditórias», diz Nogueira, que explica, no entanto, continuar disponível para comparecer no dia 15 de Dezembro na próxima reunião negocial com o Ministério para discutir «a revisão do Estatuto da Carreira Docente».
Não é alternativa: Ministra diz que proposta sindical «cabe numa folha A4»
A ministra da Educação considerou hoje que os sindicatos não apresentaram «nenhuma proposta verdadeiramente alternativa» para a avaliação dos professores, pelo que o modelo do Governo continuará a ser aplicado em todas as escolas este ano lectivo
«O Governo reforçou a sua convicção quanto à importância de prosseguir com o seu modelo de avaliação, com as medidas de simplificação já anunciadas. Nesse sentido, aprovará brevemente o decreto regulamentar» com as alterações ao modelo para este ano lectivo, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, no final de uma reunião com a Plataforma Sindical que reúne os 11 sindicatos do sector.
De acordo com a ministra, a proposta apresentada pelos sindicatos «cabe, basicamente, numa folha A4» e contempla sobretudo a autoavaliação pelos docentes, sem observação de aulas e sem envolvimento da direcção da escola, nem qualquer possibilidade de distinção do mérito, correspondendo assim «a um grave regresso ao passado».
«Os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta verdadeiramente alternativa para uma avaliação credível dos professores. Era minha convicção no passado e é agora ainda mais que nenhuma razão pode ser invocada para se suspender o modelo de avaliação», afirmou, garantindo que a divergência com os sindicatos se mantém «grande» no que diz respeito a esta matéria.
Apesar de não ter sido alcançado um acordo, o Ministério da Educação e os sindicatos mantêm a reunião agendada para segunda-feira, na qual a discussão vai centrar-se no Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Para a Plataforma Sindical, a revisão do ECD terá de contemplar necessariamente a substituição do modelo de avaliação e a eliminação da actual divisão da carreira em duas categorias.
Relativamente a este aspecto, Maria de Lurdes Rodrigues garantiu que a estruturação hierárquica da profissão «é muito importante» para o Governo, podendo apenas ser discutida a forma como ela se concretiza.
«A proposta do Governo estabelece a divisão da carreira em duas categorias. Podiam ser três ou quatro. Estamos disponíveis para discutir como se concretiza essa estruturação hierárquica, que significa sempre que os lugares de topo são em menor número do que os de início», afirmou, explicando que o Executivo não abdica da existência de quotas.
O Ministério da Educação antecipou para hoje a reunião com os sindicatos de professores sobre o modelo de avaliação de desempenho, que estava agendada para o início da próxima semana e na qual a Plataforma apresentou as suas propostas para este processo.