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sexta-feira, maio 15, 2009

MEP: Manifestação a 30 de Maio e sessão pública “Escola e Exclusão” a 16 de Maio, em Setúbal

MOVIMENTO ESCOLA PÚBLICA
IGUALDADE E DEMOCRACIA

www.movescola.net

Manifestação de professores 30 de Maio, 15h, Marquês de Pombal

A onda vai crescer até ao dia 30. O local escolhido para ponto de encontro mostra a confiança necessária para mais uma grande mobilização dos professores.

Vale a pena continuar a lutar:

Duas grandes manifestações, duas greve sem igual, forçaram o governo ao Simplex 1 e ao Simplex 2...

Este é o ano em que este modelo de avaliação está em fase de experimentação. É preciso continuar a lutar, para que no próximo ano lectivo este modelo de avaliação já não esteja em vigor e o Estatuto da Carreira Docente seja alterado.

As dezenas de milhares de docentes que não entregaram os objectivos individuais e os professores que os entregaram (muitas vezes no limite do tempo, com amargura e sentido-se acossados), não mudaram de opinião em relação ao que é essencial: Esta avaliação e este Estatuto da Carreira Docente não servem o interesse dos docentes, da escola pública, dos alunos e da educação.


No que importa estamos unidos: Todos à Manifestação dia 30 de Maio!


Lê também:

A batalha jurídica não assusta o governo, a manifestação sim
Unir os professores, voltar à rua com toda a força
A vocação inquisitória do Partido Socialista
Entrevista de Ramiro Marques a Cecília Honório


Sessão Pública: Escola e Exclusão

16 de Maio, 15h, Setúbal
(Auditório do IPJ, Largo Zeca Afonso)

Com:

Isabel Guerra, Professora catedrática de sociologia (ISCTE)
Maria José Simas, Professora na Escola D.João II
Maria José Sobral, Presidente da APPDA (Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo)
Cecília Honório, Professora, Movimento Escola Pública


Texto de apresentação:

A escola inclusiva é uma aquisição da linguagem, que resulta de um consenso e tende à banalização. Sob a banalização, porém, é cada vez mais urgente perceber e saber:
- quem são os “incluídos” e os “excluídos”?
- que velhas e novas formas de exclusão perduram sob o silêncio do dado adquirido de que a escola pública não exclui?

Esquecidos, os “outros”, numa cultura escolar dominantemente orientada para um aluno-padrão.

E o que faz a escola com as crianças e jovens cujo contexto familiar e social diverge totalmente da linguagem escolar? Com aqueles que não encaixam nos modelos e estereótipos que a escola espera? Os que não têm livros nas prateleiras, mães escolarizadas e pais bem sucedidos; os que, cada vez mais, não têm de comer, não têm transporte, não têm livros. Ou aqueles/as que, oriundos/as de países de língua oficial portuguesa, ou filhos de pais daí oriundos, são penalizados/as pelo português que não é o padrão da cultura escolar…

E tantos outros/as sobre os quais a escola pública e democrática não só não pode esquecer como deve lembrar todos os dias para se poder reclamar destes atributos.

Com poderemos agir para contrariar esta situação? Para impedir que se percam todas estas crianças e jovens? Que formas teremos de encontrar para actuar sobre, de maneira a alterar este estado de coisas?

Esta forma de discriminação, a mais difícil de combater, não é óbvia e a resolução deste problema implica o seu reconhecimento e investimento em várias áreas. Implica a mobilização de recursos humanos e materiais e não apenas os presentes nas escolas. Porque não é só um problema escolar e sim da sociedade no geral.

Questões que poderão ser abordadas:

- Ensino Profissionalizante (ex: CEF´s): oferta escolar alternativa ou oferta de refugo que reduz a igualdade de oportunidades?
- Os mecanismos de apoio (acção social, por exemplo) e o papel da escola: a centralidade da resolução dos problemas está na escola ou na sociedade?
- Os níveis de proficiência de língua e a relação com o sucesso; Multiculturalismo e multilinguismo?
- Os/as profissionais da educação estão preparados para lidar com os/alunos que fogem ao padrão?
- As escolas podem/devem seleccionar os/as alunos/as, nomeadamente criando turmas de nível?
- Quais os custos da retenção? É ela uma solução?

www.movescolapublica.net

quinta-feira, abril 10, 2008

Escola Pública: Experiências Positivas de Ensino

Caros colegas/amigos:

Anteriormente, foi-vos enviado um comunicado dirigido aos Enc. de Educação e população em geral sobre causas (que o grupo de Defesa da Escola Pública teve por legítimas) dos protestos dos professores.
Perante uma Escola Pública desacreditada, muitos pais e EE, ...- por temerem o insucesso dos filhos/educandos - optam pelo ensino privado onde, muitas vezes, trabalham os mesmos professores...
Importa manter o debate, muito necessário, acerca daquilo que pode e deve mudar no ensino público, no nosso País, e
daquilo que não deve mudar porque vai contra os próprios interesses dos alunos.
Trabalhei 37 anos e 10 meses com turmas do 2ºe 3º Ciclos, a maioria muito distante da cultura letrada, e cheguei ao fim da carreira sem stress, salvo aquele que era provocado pelas disfunções do sistema...que poderiam ser corrigidas com a coordenação dos esforços da comunidade educativa ... Violência e grandes faltas de respeito foram a excepção e não a regra... O apoio dos pais e EE foi muito evidente.
Por tudo isto, tenho sido- como saberão, talvez- muito crítica relativamente ao estado da Escola Pública e tenho lutado pela introdução de mudanças sensíveis no seu funcionamento: uma gestão mais democrática (e não menos...), impedindo, designadamente, a acumulação do poder nas mesmas mãos (Presidente do CE e do CP), a introdução de Observatórios de Qualidade em todas as escolas, a avaliação do desempenho das Escolas através dos resultados em provas aferidas (estáveis como as do PISA para permitirem a comparação), a formação aprofundada de todos os professores em áreas decisivas como leitura/escrita/literacia , sociologia, direitos humanos, a instalação de bibliotecas/CRE's em todas as escolas e de armários (sim, armários!) com livros e outros recursos que permitam a diferenciação pedagógica, nas próprias salas de aula (contra a opinião de alguns especialistas...)...
Não posso, portanto, ouvir falar em exclusão escolar quando sabemos que o bem estar dos povos, o desenvolvimento sustentável, o diálogo intercultural exigem a inclusão de TODOS, numa Escola Amiga, onde se aprenda cooperando...
Trabalhei também fora da Escola, com grupos de alunos excluídos do Sistema Educativo, e foi-me grato vê-los querer prosseguir estudos quando, antes, julgavam que não tinham capacidade para aprender...
Ao longo da carreira mantive sempre a esperança de ver melhorar a escola a que todos podem aceder, a escola das diferenças mas não a das desigualdades...
Imaginam como fiquei quando li os parâmetros do concurso para professor titular , incidindo apenas nos últimos 7 anos..., deixando de fora alguns dos colegas mais experientes, rigorosos e inovadores, permitindo que professores não efectivos na escola ultrapassassem os do seu quadro..., sabendo que alguns titulares eram justamente os que se haviam oposto e entravado toda e qualquer mudança no sistema, que reprovavam mais de 50% dos seus alunos, que explicavam o insucesso pela teoria dos dons..., que não frequentavam acções de formação adquadas às suas necessidades e às da escola..., que troçavam abertamente das advertências da Assembleia de Escola quando esta mostrava que o PEE ia para o Norte e o PAA para o Sul...,que os Presidentes do CE (que acumulavam funções no CP) ainda reclamavam mais poder...
Quando vi que o ME falava de qualidade e se apoiava, exactamente, em muitos dos que se opunham à introdução de melhorias em áreas diagnosticadas , juntei -me aos clamores dos colegas humilhados e ofendidos...

Em Novembro, entreguei ao Ministério um trabalho sobre Políticas de Leitura com mais de 1000 páginas...uma vez que a leitura é o cerne do currículo escolar e a biblioteca a 'alma da Escola'...Durante a licença sabática pude ler sobre matérias que me interessa(va) m muito e estou disponível para partilhar convosco as reflexões que tive oportunidade de fazer. Assim, começo já por vos sugerir três actividades:

- uma visita às páginas do Ministério da Educação e da Embaixada da Finlândia onde poderão verificar quais os segredos do sucesso escolar nesse país. Não há rankings, as expectativas dos professores sobre os alunos são altas (Efeito de Pigmaleão) porque é normal aprender..., usam-se técnicas Freinet, ..Enfim ...os nossos colegas são os menos angustiados da zona da OCDE.

- uma consulta às conclusões do PISA 2000 sobre competência leitora: lê melhor os textos do quotidiano (alvo das provas internacionais) quem convive assiduamente, na família, com os bens da cultura clássica:literatura, pintura, teatro, música...Claro que se percebe porquê se pensarmos que a literatura é o lugar de produyção dos sentidos inesgotáveis da Língua e a resposta às mais fundas necessidades da condição humana...Se a Escola Pública não providenciar este convívio a todas as crianças...o fosso agravar-se-á...e Portugal nunca mais sairá dos últimos lugares....

- uma consulta ao Relatório da IGE que mostra os pontos fortes e fracos das 100 escolas avaliadas...É interessante verificar que a própria inspecção não traça , das escolas, o panorama negro que o ME difunde...E, já agora, os parâmetros poderiam inspirar o Modelo de Avaliação...
Peço desculpa àqueles que não perfilham estas ideias, o que é legítimo em democracia, mas não consigo estar do lado de quem defende a exclusão e a segregação, contra a Escola Inclusiva...

Agradeço a paciência de quem conseguiu chegar até ao fim deste texto...

Cordiais saudações

MC Rolo

quinta-feira, março 13, 2008

Campanha Global pela Educação

«A Campanha Global pela Educação (CGE) é uma coligação internacional de organizações da sociedade civil. Exige dos governos que garantam o direito à educação para todos, em particular cumprindo a promessa de atingir o ensino primário gratuito, de qualidade e universal até 2015.

Para contribuir para o objectivo da Educação Para Todos, a CGE organiza desde 2001 a Semana de Acção Global para a Educação (SAGE) na última semana de Abril. As organizações parceiras nesta coligação trabalham em conjunto para chamar a atenção dos representantes políticos, membros das comunidade educativa, meios de comunicação social e da sociedade em geral, sobre a necessidade de tornar real e efectivo o direito a uma educação básica de qualidade.
Em 2008, a SAGE tem lugar de 21 a 27 de Abril e nela trabalharão milhões de pessoas em todo o mundo. Sob o lema "Mais Educação, Menos Exclusão ! - Educação de qualidade para acabar com a Exclusão", propõem várias actividades escolares e ainda um regresso à escola, protagonizado pelos políticos e responsáveis pela educação. Será a Maior Aula do Mundo, a realizar dia 23 de Abril.

Para informações sobre a CGE/SAGE globais, visite o sítio web www.campaignforeducation.org ou envie um e-mail para alex@campaignforeducation.org (Alex Kent).

Para informações sobre a CGE/SAGE portuguesas, consulte o documento de apresentação

info@educacaoparatodos ou contacte o Secretariado pelo telefone 210 501 503

Veja os recursos (aqui)