mas recomendo a leitura atenta de todo o conteúdo em:
http://www.educare.pt/educare
]
Resultados finais:
1. A curto prazo, por certo que as estatísticas do insucesso e do
abandono escolar vão apresentar valores mais reduzidos, não
necessariamente porque as aprendizagens venham a ser mais conseguidas
mas porque, a nível dos docentes, as ‘pressões' e o ‘instinto de
sobrevivência' falarão mais alto.
[*] 2. A médio e longo prazo, a implosão do sistema educativo e/ou a
explosão dos docentes será, infelizmente, o que se vislumbra. A
pressão de uma avaliação nestes moldes, feita em contínuo (ano após
ano, ao longo de toda uma carreira), irá exercer sobre todos os
envolvidos um desgaste incomportável; a missão dos docentes na escola
dificilmente será encarada com a alegria e a dedicação espontânea com
que muitos até agora (ou até há alguns anos) a viviam. Deixará de
haver uma missão por vocação para termos uma escravatura alienante.
Esperanças que ainda nos restam:
1. Antes de mais, que, a nível dos órgãos de gestão das escolas e dos
avaliadores em particular, haja (i) o sentido crítico necessário e a
assunção da responsabilidade que lhes cabe no denunciar (a instâncias
superiores) de problemas e incoerências do sistema, (ii) bom senso e
competência q.b. para não se cair na tentação de operacionalizar de
forma incomportável e ainda mais perversa o estabelecido pela tutela.
2. Que a equipa ministerial e todo o conjunto de órgãos que constituem
seus interlocutores directos e privilegiados, muitos dos quais com
especialistas na área da educação, encontrem o equilíbrio razoável
entre opções políticas para "respostas externas" a curto prazo e
opções educativas de fundo e internas, com efeitos a médio e longo
prazos (trata-se de algo muito sério - a educação de gerações dos
cidadãos do País).
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