[Lusa]
A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) manifestou hoje [29/Maio]
a sua “completa rejeição” do despacho que estipula as quotas para as
classificações mais elevadas no âmbito da avaliação dos professores,
por não permitir uma “avaliação correcta” dos docentes.
“Para nós, é essencial que se respeite a avaliação sem que esta esteja
sujeita somente a um cariz administrativo e puramente económico que
não permite uma avaliação correcta dos professores”, disse à Lusa o
secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
Segundo a proposta de despacho conjunto do Ministério da Educação e
das Finanças, a que a Lusa teve acesso ontem, as escolas vão poder
atribuir um máximo de dez por cento de classificações de “Excelente” e
25 por cento de “Muito Bom”, mas só se tiverem nota máxima nos cinco
domínios que compõem a avaliação externa.
Na pior das hipóteses, com uma classificação de “Muito Bom” e quatro
de “Bom” ou duas classificações de “Muito Bom”, duas de “Bom” e uma de
“Suficiente”, as escolas poderão dar seis por cento de “Excelente” e
21 por cento de “Muito Bom” aos docentes avaliados.
Ambiente negativo nas escolas
As escolas cujos resultados na avaliação externa sejam diferentes dos
previstos no despacho, bem como as que não foram objecto de avaliação,
poderão aplicar um máximo de cinco por cento de “Excelente” e 20 por
cento de “Muito Bom”, as percentagens mais baixas que estão previstas.
“Estamos em total desacordo com o despacho e vamo-nos opor por
completo a esta proposta”, sublinhou João Dias da Silva.
Segundo o secretário-geral da FNE, a aplicação destas quotas afecta o
exercício da profissão dos docentes e resulta num ambiente negativo
nas escolas.
“Existe, por um lado, a nossa rejeição total desta proposta e, por
outro lado, achamos que a aplicação deste mecanismo vai introduzir um
mal-estar geral no local de trabalho dos professores”, afirmou.
segunda-feira, junho 02, 2008
FNE - Rejeição do modelo das quotas no modelo de avaliação dos docentes
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