segunda-feira, outubro 11, 2010

A CDEP saúda o Dia Mundial do Professor


Para uma Escola Pública de Qualidade
Participemos numa viragem positiva nos acontecimentos


Saudação a todas as organizações herdeiras dos ideais dos professores da Primeira República

A CDEP saúda a iniciativa da FENPROF de assinalar o Dia Mundial do Professor, um dia que coincide com
o aniversário da implantação da Primeira República, cujos ideias de liberdade, igualdade e fraternidade dão
substância aos princípios da Escola laica e de qualidade para todos, que unem os professores e educadores, as suas organizações, e que dão corpo aos princípios em que assenta a FENPROF.

É destes princípios que decorrem toas as reivindicações de todos quantos apostam na defesa da Escola Humanista onde tenha lugar primeiro a formação do homem e só depois a do trabalhador.

São os princípios que animam as mobilizações que os professores e educadores hão-de retomar, para ser
restabelecida a gestão democrática, bem como o vínculo de todos quantos estão nas escolas e dos que nela fazem falta – dos professores, aos psicólogos ou aos auxiliares da acção educativa – e para conseguirem uma forma de avaliação feita para melhorar as práticas de cada um, no quadro de uma Escola que sirva todos.

Saudação a todos os Professores

Num momento tão difícil para a sociedade portuguesa, a CDEP saúda todos os professores e educadores e as suas organizações!

A CDEP lembra que – prenunciando a resposta que o povo trabalhador procura actualmente dar, em conjunto com as suas organizações sindicais, aos planos ditados pelos defensores de um sistema sem futuro – os professores se mobilizarem em massa em unidade com todos os seus sindicatos há dois anos.

Fizeram-no para exigir a retirada das medidas de desmantelamento do seu estatuto, das suas condições de trabalho, da forma colegial de se organizarem – a gestão democrática – para responder às exigências, dificuldades e desafios colocados, de forma tanto mais complexa, quanto mais difícil é a vida das famílias das crianças e dos jovens que a escola tem a função de qualificar e formar.

Demonstrando como tais políticas são incompatíveis com a construção de uma Escola de qualidade, afirmaram, em uníssono, a toda a sociedade: “Deixem-nos ser professores!”.

A defesa da Escola pública é um imperativo da democracia

A vida dirá como serão as formas de luta e de mobilização dos professores, para reatar a defesa do seu estatuto profissional , o seu vínculo , organização democrática das escolas, as condições de trabalho capazes de garantir boas aprendizagens a todas as crianças, quer as do ensino regular quer as que têm necessidades educativas especiais.

Elas certamente que estarão ligadas com as mobilizações dos restantes sectores da classe trabalhadora, cada um atingido de forma particular pelas mesmas políticas.

É neste sentido que a CDEP só pode saudar como positiva a resposta pronta dos principais sindicatos dos
professores ao apelo conjunto das duas Centrais sindicais, para uma greve geral de todas as camadas da
população trabalhadora, para impor um recuo ao Governo, na aplicação do Plano de Austeridade. Exigindo,
nomeadamente, os nossos salários e reformas por inteiro, os meios para garantir o funcionamento das escolas, a manutenção de todos os seus postos de trabalho e o restabelecimento do seu vínculo público.

Lisboa, 9 de Outubro de 2010

Um comentário:

el comunista disse...

É evidente que os professores devem lutar sempre por uma maior democraticidade no ensino e pela defesa da escola pública.Mas é necessário ter noção que essa democraticidade no quadro do capitalismo ela será sempre muito limitada, assim pensamos que essa luta deve estar enquadrada na luta mais geral da população trabalhadora e levá-la o mais longe possível contra o sistema capitalista.

Sobre a Greve Geral,pensamos ainda que ficar apenas por saudar a iniciativa a realizar e não colocar desde já a exigência de greves sectoriais em todos os sectores da Função Pública, quando o governo já anúncio um pacote de medidas de austeridade BRUTAIS,é no minimo conciliar com a atitude politica das duas centrais sindicais,quando é notório que estas tudo têm feito por evitar esta forma de luta e que inclusivamente permitiram a aplicação do PEC II, no caso concreto da UGT então ainda pior, quando estes afirmam que "estão contra as medidas de austeridade, mas que não estão contra o governo."

O proletariado françês, por muito menos, está-nos a dar o exemplo de como se deve lutar, a nossa obrigação é exigirmos mais acção,não só para agora, como mesmo a apresentação de um plano de acção para depois de 24 de Nov.

As nossas saudações e desejo de uma boa continuação do vosso trabalho.

"achispavermelha.blogspot.com"
"classecontraclasse.blogspot.com"
A CHISPA!